Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

MÚSICA

- Publicada em 05 de Setembro de 2022 às 15:00

Flor ET comemora lançamento de seu primeiro álbum em show no Agulha

Flor ET promove lançamento de primeiro álbum em show no Agulha

Flor ET promove lançamento de primeiro álbum em show no Agulha


RICARDO ARA/DIVULGAÇÃO/JC
Leonardo Machado
Para celebrar o lançamento do seu primeiro disco, a banda gaúcha Flor ET promete um grande show no Agulha (R. Conselheiro Camargo, 300), na quarta-feira, às 18h30min. Intitulado Futurotrópica, o trabalho de estreia do grupo reúne 11 faixas que transitam entre canções sobre saudade, surtos e falta de esperança, até reflexões políticas sobre desigualdade, meritocracia e o atual momento do Brasil. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente, a partir de R$ 15,00, no site Sympla.
Para celebrar o lançamento do seu primeiro disco, a banda gaúcha Flor ET promete um grande show no Agulha (R. Conselheiro Camargo, 300), na quarta-feira, às 18h30min. Intitulado Futurotrópica, o trabalho de estreia do grupo reúne 11 faixas que transitam entre canções sobre saudade, surtos e falta de esperança, até reflexões políticas sobre desigualdade, meritocracia e o atual momento do Brasil. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente, a partir de R$ 15,00, no site Sympla.
Na estrada há 6 anos, a Flor ET planejava, originalmente, lançar o álbum em 2020. Contudo, em razão da pandemia, a banda optou por pisar no freio e aguardar o panorama social se estabilizar. Apesar das dificuldades, o surto de Covid-19 também inspirou novas canções, como a faixa Insana, escrita no auge do isolamento social. "Eu estava no terraço do prédio quando comecei a escutar aquele silêncio absoluto da cidade. Peguei o telefone, já comecei a criar uma melodia vocal e a letra foi surgindo. Foi bem melancólico", conta Ada Bellatrix, vocalista, saxofonista e uma das fundadoras do grupo.
Um dos aspectos presentes no disco, e que a banda carrega como identidade, é a música como agente de mudança. Até por isso, quando estavam planejando o lançamento do disco, tiveram o 7 de setembro como uma data relevante para o show de abertura da Futurotrópica Tour. "A gente pensou que era o momento perfeito pra trazer a arte como militância contra esse desgoverno que está aí", revela Ada.
De acordo com a cantora, cerca de 25 músicas foram consideradas pela banda, selecionando as que acreditavam fazer mais sentido dentro da atual proposta. Desta forma, os cinco integrantes têm a chance de contribuir com suas referências e inspirações musicais, que passam por Metá Metá, Novos Baianos, El Efecto, Bjork, e a banda norte-americana Tool.
Um dos aspectos que marca a constante transformação do grupo é a identidade visual. O preto elegante e simples, muito presente nos primeiros projetos, dá lugar para cores mais vibrantes, que transmitem o atual som da Flor ET. "A gente conseguiu unir as cores saturadas e vivas, essa mistura entre um lado mais sombrio, mais brabo do disco, com um lado mais quente, mais vivo", descreve a vocalista.
A Flor ET tenta explorar diferentes artifícios nas suas apresentações, apostando na estética visual marcante. Em shows anteriores, faziam uso da pintura para provocar uma experiência imersiva no público. Para o show de lançamento, a ideia é montar cenários que levem a apresentação além de um simples entretenimento. Nas palavras da vocalista, "queremos montar um espetáculo, então estamos nos planejando para entregar o nosso melhor".
Com a extinção do Ministério da Cultura no governo de Jair Bolsonaro, o desamparo no meio cultural foi muito grande, e pensar num futuro tendo arte como meio de viver se tornou cada vez mais difícil. Numa visão mais regional, Ada expõe que artistas precisam sair do Sul e serem reconhecidos fora, em outro estado, para começarem a ser valorizados. Apesar da pouca abertura de casas e bares locais para trabalhos 100% autorais, a vocalista vê nos festivais independentes um espaço de resistência, onde as pessoas vão para consumir o trabalho de novas bandas. “É uma luta, é uma guerrilha, mas eu acredito que, com uma cena unida, os artistas se unindo, produtores culturais, os agentes estando sempre em conexão, a gente se vira como pode e faz acontecer.”
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO