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Artes Visuais

- Publicada em 31 de Agosto de 2022 às 16:19

Mostra que aborda questão decolonial será exposta na Pinacoteca da AJURIS

ColonialMente, de Dedé Ribeiro, está na Pinacoteca da Ajuris

ColonialMente, de Dedé Ribeiro, está na Pinacoteca da Ajuris


Dedé Ribeiro/Divulgação/JC
A mostra ColonialMente, com 14 colagens de autoria da jornalista, produtora e artista visual Dedé Ribeiro, ficará exposta na Pinacoteca da Ajuris (rua Manoelito de Ornellas, 50 – bairro Praia de Belas) de 2 a 30 de setembro das 14h às 19h, sendo que no dia da abertura (terça-feira, às 18h30min), o ator e diretor Daniel Colin conduzirá uma roda de conversa para refletir sobre o colonialismo, na qual ainda se (sobre)vive em pleno século XXI no Brasil. Para além disso, o debate pretende apontar frestas que possam auxiliar a visualizar outras perspectivas que "desacomodem o pensamento hegemônico colonial". A visitação é gratuita.
A mostra ColonialMente, com 14 colagens de autoria da jornalista, produtora e artista visual Dedé Ribeiro, ficará exposta na Pinacoteca da Ajuris (rua Manoelito de Ornellas, 50 – bairro Praia de Belas) de 2 a 30 de setembro das 14h às 19h, sendo que no dia da abertura (terça-feira, às 18h30min), o ator e diretor Daniel Colin conduzirá uma roda de conversa para refletir sobre o colonialismo, na qual ainda se (sobre)vive em pleno século XXI no Brasil. Para além disso, o debate pretende apontar frestas que possam auxiliar a visualizar outras perspectivas que "desacomodem o pensamento hegemônico colonial". A visitação é gratuita.
Dedé Ribeiro já soma outras duas exposições individuais: Diagnóstico por colagem, de 2018, e A escolha do acaso, de 2020, além de participações em mostras coletivas. Para preparar a incursão atual, cujo pano de fundo trata da questão decolonial, a artista contou com a curadoria e montagem de Francisco Dittrich. Dentre as colagens da mostra, algumas têm intervenções em desenho sobre papel, e todas foram feitas entre 2019 e 2022.
"Comecei a estudar esses temas a partir da pandemia de Covid-19, com o objetivo de produzir projetos culturais melhores e mais inclusivos, porém o assunto era tão forte e urgente, que saltou para as colagens", afirma Dedé. E foi assim que antigos mapas e fotos da América colonial encontraram personagens de todas as épocas, às vezes em comentários sociais e às vezes como forma de demonstrar seu próprio processo de desconstrução de crenças e preconceitos.
"Algumas obras trazem também reflexões ligadas à África, que visitei duas vezes antes da pandemia. Raramente se fala da África quando se trata de decolonialismo, pois o movimento todo procura focar na arte latino-americana, mas na minha cabeça é uma segunda camada", destaca a artista. Ela observa que tanto a África passa pelo mesmo problema de apagamento de sua cultura, como seu povo é parte significativa do povo brasileiro. "Essa exposição é minha forma de dizer que não compactuo com o racismo, o machismo, o eurocentrismo ou os valores fortemente estadunidenses, embora me custe muitíssimo reconhecer que tudo isso ainda existe de alguma forma em mim", completa Dedé.
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