A COP30 acontecerá de 10 a 21 de novembro, em Belém do Pará. O setor de seguros terá participação efetiva na Cúpula do Clima com a Casa de Seguros, instalada pela Confederação Nacional das Seguradoras na Travessa Alferes Costa, 2828, bairro Pedreira, a poucos metros da entrada da blue zone.
Neste local, durante os 11 dias do evento, a CNseg receberá autoridades governamentais, lideranças empresariais, representantes de organizações internacionais e contrapartes estrangeiras da CNseg para discutir, em conjunto, o papel do mercado segurador na resiliência.
A Casa do Seguro será um ambiente de debates sobre temas relacionados à infraestrutura resiliente, inteligência climática, proteção social, finanças sustentáveis, seguros para o agronegócio, a descarbonização da frota e a promoção da sustentabilidade industrial.
Durante o Almoço do Mercado Segurador realizado no início do mês em Porto Alegre, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, disse que a COP30 será a oportunidade para o segmento mostrar a sua importância no tema das mudanças climáticas. Lembrou que nas 29 COPs que já ocorreram, não existe uma única menção ao setor de seguros. “Isto ocorreu porque o segmento se alijou do processo, embora seja a principal vítima das mudanças climáticas”.
Para reforçar sua manifestação, Oliveira destacou que, em 2024, as perdas indenizadas por incidentes climáticos chegaram a US$ 170 bilhões no mundo. Informou que durante a COP30 ocorrerá o lançamento do Relatório Brasil, quando serão apresentados os números do país.
Segundo o presidente da CNseg, as mudanças climáticas passarão a fazer parte de todas as apólices de seguros existentes no planeta. “Todos os riscos que atualmente são subscritos, não estão impactados de uma maneira ou de outra pelos riscos climáticos”. Citou o exemplo do Rio Grande do Sul no ano passado, quando 20 mil veículos foram indenizados em função das enchentes.
Dyogo Oliveira afirmou que a agenda da adaptação vai avançar na COP30. “É aí que entra o seguro. A sociedade deve estar preparada para conviver com as mudanças climáticas. O que a COP está buscando é como fazer o seguro do planeta diante do cenário que se apresenta”.
Adiantou que são altas as expectativas sobre a COP 30. “É a primeira vez que o seguro aparece como protagonista numa COP, não apenas nos debates, mas também nas negociações oficiais. O seguro está sendo visto dentro da COP como um instrumento importante de adaptação da sociedade às mudanças climáticas, seja como prevenção, seja como indenização dos danos para reconstrução. A COP 30 dará uma grande mensagem de que os países precisam estruturar programas de seguros para suas populações como mecanismo de resiliência”, finalizou.