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Publicada em 20 de Outubro de 2025 às 13:34

Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: Os avanços do mercado de Capitalização

Natanael Castro:

Natanael Castro: "A capitalização como instrumento de garantia abriu um campo de oportunidades para o setor"

FenaCap/Divulgação/JC
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No primeiro semestre de 2025, as receitas do segmento de capitalização brasileiro chegaram a R$ 16,9 bilhões, representando um crescimento de 12,01% na comparação com o mesmo período de 2024. Os resgates chegaram a R$ 12,24 bilhões de janeiro a junho, com crescimento de 1,7% na relação com o ano passado.
No primeiro semestre de 2025, as receitas do segmento de capitalização brasileiro chegaram a R$ 16,9 bilhões, representando um crescimento de 12,01% na comparação com o mesmo período de 2024. Os resgates chegaram a R$ 12,24 bilhões de janeiro a junho, com crescimento de 1,7% na relação com o ano passado.
Os sorteios distribuíram R$ 1,01 bilhão e as provisões técnicas totalizaram R$ 43,4 bilhões (+8,8%). Os números do mercado gaúcho também revelam marcas de superação. As receitas atingiram R$ 1,5 bilhão (crescimento de 28%), os resgates ficaram na faixa de R$ 977 milhões (superação de 12,2%) e os sorteios distribuíram R$ 130 milhões.
O diretor executivo da Federação Nacional de Capitalização, Natanael Castro, disse que o mercado está em ritmo de crescimento, sendo que duas modalidades despontam neste momento: a filantropia premiável e a capitalização como instrumento de garantia.
Em relação à filantropia premiável, Natanael informou que existe um trabalho da entidade no sentido de melhorar a comunicação sobre os benefícios deste produto. “Este é um caminho a ser percorrido. Precisamos dar visibilidade às ações sociais. É importante que exista uma análise fiscal, pois este é um produto que gera benefícios para o próprio governo. Desta forma, seria justo que os contratantes tenham um abatimento na declaração do imposto de renda”.
O dirigente lembrou que parte dos valores arrecadados é repassado às entidades filantrópicas, desonerando o Estado. Além disso, ressaltou que o segmento arrecada impostos e gera consciência aos consumidores.
Quanto à capitalização como instrumento de garantia, Castro afirmou que esta iniciativa abriu um campo de oportunidades. Destacou que dois avanços recentes reforçam esta tese. O primeiro é a utilização da capitalização como garantia em licitações públicas. O segundo é a criação do manual de como utilizar de forma correta o seguro garantia e a capitalização como instrumento de garantia. O lançamento deste material será feito durante a COP 30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém do Pará.
Segundo Natanael Castro, um estudo da FenaCap apontou que a modalidade com mais condições de crescimento é o instrumento de garantia em função da lei das licitações. “Não somente por isso, pois a partir do momento que se abre essa possibilidade, o mercado compreendeu que pode atuar com essa ferramenta em contratos privados”.
Outra novidade que o diretor executivo da FenaCap anunciou é a implantação da resolução 12 do Conselho Monetário Nacional para 2026, que está em fase de regulamentação pelo Banco Central. A norma prevê que todo consumidor que tenha uma reserva de previdência ou capitalização pode ceder a mesma como garantia para uma operação de crédito. “O objetivo do governo é reduzir o spread bancário e aumentar a competição no mercado. Isto será positivo para os consumidores”, concluiu.

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