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Publicada em 25 de Agosto de 2025 às 16:16

Comunicado da Fetransul Conet & Intersindical 2025

A entidade ressalta que a sustentabilidade do transporte rodoviário de cargas é vital para toda a cadeia logística e para o Brasil

A entidade ressalta que a sustentabilidade do transporte rodoviário de cargas é vital para toda a cadeia logística e para o Brasil

FETRANSUL/DIVULGAÇÃO/JC
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O transporte rodoviário de cargas segue sendo o pilar da logística brasileira. Ele garante o abastecimento, a circulação de riquezas e o funcionamento da economia com capilaridade, flexibilidade e agilidade inigualáveis.
O transporte rodoviário de cargas segue sendo o pilar da logística brasileira. Ele garante o abastecimento, a circulação de riquezas e o funcionamento da economia com capilaridade, flexibilidade e agilidade inigualáveis.
No entanto, o setor vem sendo sufocado por uma série de dificuldades estruturais, operacionais e regulatórias que comprometem sua sustentabilidade.
Segundo a pesquisa do DECOPE/NTC apresentada neste CONET, a defasagem média acumulada do frete chega a 10,3%, sendo 8,6% para carga fracionada e 11,1% para carga lotação. Essa diferença entre os valores pagos e os custos efetivos demonstra a dificuldade histórica de recompor margens.
Ao mesmo tempo, os custos operacionais continuam pressionados por fatores como a transição da reoneração da folha de pagamento, o aumento da mistura de biodiesel (que impacta a manutenção da frota), IOF elevado e a taxa Selic ainda em 15%.
Além disso, poucos transportadores conseguiram repassar os custos impostos pela Lei 14.599/23, que criou a obrigatoriedade de contratação de duas novas apólices de seguro. Apenas 10% obtiveram o devido ressarcimento.

Diante desse cenário, a Fetransul reforça que:
• É imprescindível respeitar o Piso Mínimo de Frete Nacional. A ANTT deve iniciar imediatamente a fiscalização eletrônica dos valores contratados pelos embarcadores.
Nenhum frete deve ser aceito abaixo do custo real da operação, sob pena de comprometer a renovação de frota, a segurança e a legalidade do serviço.
• Os custos financeiros, resultantes dos longos prazos de recebimento, precisam ser reconhecidos e negociados junto aos embarcadores.
• Componentes tarifários como Frete-Valor, GRIS, TSO e taxas gerais devem ser integralmente praticados e cobrados, sob risco de inviabilização econômica das empresas.
• O respeito às leis vigentes deve ser assegurado: limite de tempo para carga e descarga, pagamento do pedágio pelo embarcador e contratação do seguro pelo transportador com os custos devidamente repassados.
• A valorização da profissão de motorista é essencial. Defendemos a criação de uma legislação específica para jornadas de longa distância, que reconheça as particularidades da atividade e assegure dignidade e condições adequadas de trabalho.
• Precisamos avançar na criação de políticas públicas para renovação de frota, com foco na redução da idade média dos veículos e na adoção de tecnologias mais seguras, eficientes e sustentáveis.
• É indispensável que embarcadores e destinatários invistam em infraestrutura de apoio adequada: estacionamentos para caminhões, áreas de convivência e banheiros para homens e mulheres. Da mesma forma, o poder público precisa ampliar e qualificar os Pontos de Parada e Descanso (PPDs) em rodovias federais e estaduais por todo o Brasil.
O setor exige respeito, equilíbrio e segurança jurídica. A sustentabilidade do transporte rodoviário de cargas é vital para toda a cadeia logística e para o Brasil. Seguiremos mobilizados. E em movimento.

www.fetransul.com.br

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