Em um cenário de constante busca por alternativas econômicas mais justas e sustentáveis, o cooperativismo de crédito tem mostrado resultados concretos para milhões de brasileiros. É o que revela o levantamento do Sicredi, ao contabilizar que, somente em 2024, os associados da primeira instituição financeira cooperativa do país receberam um total de R$ 25,5 bilhões em benefícios econômicos — valor que representa uma economia média de R$ 2.931,17 por associado. Os dados integram o Índice de Benefício Econômico do Sicredi (BES), metodologia que mede o retorno gerado pelas cooperativas aos seus associados com base em três pilares principais: condições mais vantajosas no crédito e nas aplicações financeiras, além da distribuição de resultados da instituição.
"Em uma realidade em que tantos ainda enfrentam desigualdade de acesso ao sistema financeiro, o valor que retornou aos associados por meio do Sicredi em 2024 não é apenas um número — é a prova de que é possível construir um modelo econômico mais inclusivo, participativo e eficiente, gerando prosperidade e fomentando a geração de emprego e renda. O cooperativismo de crédito mostra que o lucro pode, e deve, andar junto com o desenvolvimento das pessoas e das comunidades," explica o diretor-executivo da Central Sicredi Sul/Sudeste, Leandro Gindri de Lima.
Ainda segundo o Sicredi, o BES é calculado com base em metodologia do Banco Central e foi auditado pela Ernst & Young. Os R$ 25,5 bilhões em benefícios representam um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior, reforçando uma tendência de alta que se mantém nos últimos anos — foram R$ 20,8 bilhões em 2022 e R$ 23,5 bilhões em 2023. Além dos resultados financeiros, o cooperativismo de crédito se destaca pelo retorno social que gera nas comunidades onde está presente. As sobras distribuídas anualmente e os recursos aplicados em programas de educação financeira, inclusão social e fortalecimento local contribuem para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.
Promoção à inclusão
econômica e social
O modelo cooperativista de crédito tem se destacado como um importante impulsionador do desenvolvimento no Brasil. É o que aponta recente estudo conduzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que avalia os impactos econômicos e sociais das cooperativas de crédito no país. Conforme o levantamento, a presença de cooperativas de crédito nos municípios brasileiros está associada a diversos benefícios locais. O estudo avaliou os impactos econômicos do crédito cooperativo. Os resultados mostraram que, para cada R$ 1,00 concedido em crédito, são movimentados R$ 2,56 na economia brasileira, com um acréscimo de R$ 1,17 em valor adicionado, R$ 0,11 em impostos arrecadados, e R$ 0,50 em salários pagos.
"Os dados reforçam o papel estratégico do cooperativismo de crédito como agente de desenvolvimento sustentável no Brasil. O estudo da FIPE comprova que, além de oferecer acesso a soluções financeiras, as cooperativas geram um ciclo virtuoso de crescimento econômico, arrecadação e geração de renda nas comunidades onde atuam, No caso do Sicredi, são 680 pontos de atendimento no Rio Grande do Sul, o que demonstra o interesse em estar próximo ao associado. Isso representa mais de 97% de cobertura do território gaúcho", explica Lima.
O estudo também mostra que a presença de cooperativas de crédito está associada a um incremento médio de R$ 3.852 no PIB per capita dos municípios. Além disso, observa-se a geração de 25,3 empregos formais a mais por mil habitantes e um aumento de R$ 115,4 na massa salarial média por habitante. O estímulo ao empreendedorismo também é evidente, com a abertura de 3,2 novos estabelecimentos por mil habitantes nas regiões atendidas. Os benefícios não param na economia, uma vez que as cooperativas também colaboram para a redução da pobreza e o avanço da educação. Os dados mostram uma redução de 20,5 famílias por mil habitantes no Cadastro Único, e de 12,3 famílias pobres por mil habitantes nos municípios atendidos.
Mais de R$ 1 milhão por dia em
investimento social
Com o propósito de promover a prosperidade de pessoas e comunidades onde está presente, o Sicredi alcançou, em 2024, um marco histórico em investimento social. No total, mais de R$ 435 milhões foram destinados a projetos sociais no ano, valor oriundo do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), do Fundo Social, de doações, leis de incentivo e patrocínios socioculturais realizados pelas cooperativas de crédito que integram o Sicredi.
"Esse montante equivale a mais de R$ 1 milhão investido por dia em ações que fortalecem comunidades e impulsionam o desenvolvimento local porque o modelo cooperativista tem como princípio o interesse pela comunidade. Cada projeto apoiado simboliza o nosso compromisso de estar presente e atuante em cada localidade onde estamos inseridos", reforça Lima. O valor representa um crescimento de 11,5% em comparação com o ano anterior.
Outra importante fonte de recursos é o Fundo Social Sicredi, que direciona parte dos resultados das cooperativas para projetos de interesse coletivo nas áreas de educação, cultura, esporte, meio ambiente, segurança, inclusão social, entre outros temas alinhados aos princípios do cooperativismo. Em 2024, mais de R$ 75,5 milhões foram investidos por meio do Fundo Social, beneficiando 7.324 projetos e impactando diretamente mais de 7,2 milhões de pessoas em todo o país.