Eduarda Schneider veio de Fortaleza dos Valos, no interior gaúcho, para estudar Publicidade e Propaganda na capital. Em 2014, por meio do CIEE-RS, conseguiu sua primeira oportunidade de estágio: ser assistente de atendimento em uma agência de Porto Alegre.
Uma década depois, Eduarda voltou ao CIEE-RS, mas de uma forma diferente: como CEO de uma startup com negócios internacionais e residente no Instituto Científico, Tecnológico e Social (ICTS), na nova sede, no Centro Histórico.
Após sua primeira experiência no mercado, ela se formou e, em seguida, fez uma pós-graduação em gestão do agronegócio. "Como filha de produtores de soja e milho, queria fazer algo voltado ao campo", diz Eduarda, que desenvolveu o projeto de uma startup para seu trabalho de conclusão de curso.
Eduarda Schneider: "você tem que fazer diferente. Todos os setores estão carentes de algo novo – e assim você vai construir sua identidade como profissional".
Depois de mais de um ano estudando o tema e conversando com especialistas e exportadores, ela criou o conceito da Agricon, uma trading para conectar produtores rurais com compradores internacionais utilizando blockchain.
Eduarda Schneider: "você tem que fazer diferente. Todos os setores estão carentes de algo novo – e assim você vai construir sua identidade como profissional".
Depois de mais de um ano estudando o tema e conversando com especialistas e exportadores, ela criou o conceito da Agricon, uma trading para conectar produtores rurais com compradores internacionais utilizando blockchain.
Em menos de cinco anos, o negócio participou de missões internacionais, aprimorou sua tecnologia e, hoje, atua com mais de 1.200 produtores, principalmente do Sul do Brasil. A startup reduz a necessidade de intermediários na relação entre exportadores e importadores. Com o uso da tecnologia blockchain, compradores — e até mesmo consumidores finais — podem rastrear toda a origem do produto, verificando aspectos como boas práticas e respeito ao meio ambiente.
“Lá na gôndola, na China, o consumidor pode conferir toda a rastreabilidade do produto por meio de um QR Code”, afirma Eduarda, que está fechando os primeiros acordos com o governo para a venda de grãos ao país asiático por meio da Agricon.
Com sedes no Brasil e em Portugal, a empresária celebra a presença no CIEE-RS — e deixa um conselho para estagiários que estão começando e desejam ir mais longe: “É preciso fazer diferente. Entregar um pouco mais para se destacar no mercado. Todos os setores estão carentes de algo novo — e é assim que você constrói sua identidade como profissional”.
CIEE-RS