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Publicada em 04 de Junho de 2024 às 07:00

Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: O produto seguro em relação às enchentes

Ricardo Pansera:

Ricardo Pansera: "A tragédia no RS impactará as taxas de seguros no país"

Fenacor/Divulgação/JC
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O Rio Grande do Sul foi assolado pelas enchentes durante o mês de maio. Levantamento feito pela Confederação Nacional das Seguradoras, entre 28 de abril e 22 de maio de 2024, apontou que a população atingida registrou 23.441 avisos de sinistros, somando R$ 1,673 bilhão em indenizações. Este tema será abordado nessa entrevista com o vice-presidente da Região Sul da Federação Nacional dos Corretores de Seguros, Ricardo Pansera.

- Neste momento de crise no Rio Grande do Sul, qual a orientação aos detentores de apólices de seguros?
É importante ter a assessoria do corretor de seguros. Ele é o profissional que vai orientar e defender o cliente em todas as situações necessárias para ter o bem reposto.
- As maiores procuras por indenizações referem-se aos seguros residencial e habitacional. Quais as diferenças entre estes dois produtos?
O habitacional é um seguro obrigatório. Todo financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação tem o patrimônio financiado garantido pelo seguro DFI (Danos Físicos ao Imóvel). Este produto cobre qualquer dano ao imóvel, inclusive os oriundos de enchentes, alagamentos e inundações. O patrimônio pessoal, como roupas, móveis e eletrodomésticos, estão descobertos. Já o seguro residencial tem amplitude de garantia. Geralmente as pessoas contratam a cobertura básica (incêndio, raio e explosão). Existe a possibilidade da contratação de coberturas opcionais, como as de danos elétricos, responsabilidade civil e danos causados pela natureza. Em relação a este item, ficam compreendidas as coberturas para vendaval, furacão, ciclone, granizo e tornado. Alagamento e inundação não estão previstos, sendo considerada cobertura acessória que deve ser contratada à parte.
- No seguro empresarial a questão alagamento também deve estar prevista na apólice para que ocorra a indenização?
Vale a mesma regra do seguro residencial. É pouco comum nas apólices de seguro empresarial a inclusão da cobertura de alagamento e inundação.
- E os veículos danificados pelas enchentes? O seguro auto cobre os danos ou a perda total?
Quem tem seguro total, com coberturas de colisão, incêndio e roubo, está garantido. Na cobertura casco, compreende-se os danos causados pela natureza. Todos esses veículos que ficaram submersos na água estão sendo atendidos e têm coberturas. As seguradoras estão prestando um excelente serviço e antecipando as indenizações. Isto ocorrerá à medida que o corretor de seguros registre e informe o local do veículo submerso à companhia.
- A tragédia no Rio Grande do Sul vai impactar o custo do produto seguro no país?
O Estado representa 8% da arrecadação de seguro do país, sendo o 4º no ranking de produção. Estamos próximos de R$ 2 bilhões em indenizações e existe uma previsão de chegar a R$ 7 bilhões. Isto certamente vai impactar as taxas de seguros no país em função das dimensões dos prejuízos ocasionados pela catástrofe climática.

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