As implicações da transição climática e o Seguro Social de Catástrofe. Estes foram alguns pontos abordados no último dia 10 de agosto pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, durante a 1ª Cúpula de Seguros Sustentáveis, na Califórnia, nos Estados Unidos. O evento reuniu executivos do mercado segurador, reguladores, governos, acadêmicos e consultorias do mundo todo.
Na oportunidade, Dyogo apresentou o Roadmap de Sustentabilidade em Seguros da CNseg. Durante o painel “Ampliando a Sustentabilidade em Seguros”, ele explicou que o Roadmap vai orientar as ações da Confederação para fomentar práticas mais sustentáveis e a sinergia entre as agendas de sustentabilidade e relações de consumo na construção de produtos adaptados à necessidade do consumidor.
O documento elaborado pela equipe técnica da CNseg levou em consideração quatro referências fundamentais: princípios para sustentabilidade em seguros (PSI); os aspectos ASG mais relevantes para o nosso mercado; o arcabouço regulatório temático e os 11 objetivos ambientais, climáticos e sociais que serão abordados pela taxonomia sustentável brasileira.
O presidente da CNseg enfatizou que o Roadmap brasileiro possui ainda três eixos principais que vão refletir as necessidades e desafios específicos de Seguros Gerais, Previdência Privada, Vida, Saúde Suplementar e Capitalização com ênfase particular nos temas ambientais, sociais e de governança.
Conforme Dyogo Oliveira, os eixos estão baseados nos seguintes pilares: promoção de uma transição justa para economia sustentável e de baixo carbono; o estímulo à resiliência da sociedade frente às mudanças climáticas e a promoção da inclusão e combate à desigualdade.
Seguro Social de Catástrofe
Durante o painel “Não deixando ninguém para trás: Inclusão financeira e fechando as lacunas de proteção frente às mudanças climáticas”, o presidente da CNseg disse que os prejuízos recentes causados pelas chuvas e inundações em cidades do Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro têm sido cada vez mais frequentes no Brasil. Visando minimizar a tragédia no país, Dyogo Oliveira defendeu a proposta construída pelo setor segurador: o Seguro Social de Catástrofe.
Dyogo Oliveira explicou que o modelo para seguro social de catástrofe está em debate com o governo brasileiro e com o Congresso Nacional e funcionaria como um instrumento de proteção e amparo financeiro para a população atingida pelos desastres provocados por chuvas, inundações, alagamentos ou deslizamentos.
O seguro será privado e contratado mediante pagamento mensal de R 2 a R 3, com cobrança na conta de energia elétrica. A cobertura alcançaria imóveis residenciais localizados em área urbana ou rural. A indenização prevista seria de cerca de R 15 mil por residência afetada.
Alexsander Kaufmann na Sabemi Seguradora
Desde o início de abril, Alexsander Kaufmann está integrando o quadro da Sabemi Seguradora. O executivo tem mais de 25 anos de experiência no mercado segurador e vinha atuando como diretor comercial do Grupo MBM Seguros, em Porto Alegre.