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João Satt

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Publicada em 21 de Outubro de 2025 às 19:25

Poder estratégico

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João Satt, estrategista e CEO do G5 Capítulo 1
João Satt, estrategista e CEO do G5

Capítulo 1

Qualquer esforço ou movimento tem muito mais chance de sucesso quando é orientado por uma estratégia assertiva. Não existe dúvida que negócio + estratégia = sucesso. Assim como: comunicação de marca + estratégia, também.
O contrário é igualmente verdadeiro: a ausência de um pensamento estratégico fragiliza qualquer negócio e torna sua marca sem “interessância”, opaca — existe, mas não pulsa.
O risco é alto: sem estratégia, sua empresa pode simplesmente não estar competindo no futuro.
Se você está confortável, mind the gap! — porque a hipervelocidade da disrupção está varrendo modelos tradicionais, enquanto muitos dos novos ainda buscam equilíbrio entre operação e escala.
Esse movimento gera ansiedade e tensão em todo o ecossistema corporativo: começa dentro das organizações e reverbera em fornecedores, clientes e consumidores.
O verdadeiro fator de risco é o comportamento de compra que irá prevalecer.
São duas forças em conflito: de um lado, os players pilotando novos modelos; de outro, clientes e consumidores em estado de dúvida.
Afinal, é melhor comprar pelo app ou na loja física? Onde há mais conveniência, variedade e experiência?
Os ventos silenciosos da transformação já começam a soprar — e, em alguns setores, já se transformaram em tempestade.
Pense nas revendas de automóveis: como sustentar custos fixos elevados com fluxo cada vez menor de clientes?
Em breve, 80% da jornada de compra será digital.
O cliente configurará o carro, escolherá cor, rodas e sistemas diretamente no site da montadora — sem precisar falar com um vendedor.
Receberá o veículo em casa, no horário programado, o próprio motorista fará a entrega técnica. O próprio sistema do carro, conectado à central da revenda, antecipará falhas e acionará a oficina antes que o problema aconteça.
Como ficarão as revendas? A importância do intermediário, nos formatos atuais, diminuirá o que trará reflexos para o atacarejo alimentar, o varejo farma, o mercado imobiliário e o setor de materiais de construção.
A transição é inevitável.
Assim como na natureza o frio do inverno serve para equilibrar o calor do verão, nos negócios os motores devem apoiar-se mutuamente.
O Motor 1 é o conjunto atual de negócios — o que sustenta o presente e financia o futuro.
O Motor 2 representa os novos modelos e plataformas sobre os quais a organização pretende gerar resultados duradouros aos acionistas.
A sobrevivência dependerá da habilidade de conectar esses dois mundos sem perder o eixo estratégico. A estratégia é o motor invisível que orienta, ajusta, desafia e renova. É ela que separa movimento de agitação, direção de dispersão, futuro de inércia.
Hoje, inicio uma série de artigos sobre um tema que me acompanha há mais de quatro décadas — e que define quem sou: um nativo estratégico.
Acredito que a qualidade da estratégia é central — nos negócios e na vida. Vem comigo nessa travessia. Com certeza, daqui nascerão provocações e insights valiosos para o seu negócio.

 

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