João Satt, estrategista, CEO Grupo G5
A inteligência artificial não é promessa: veio para transformar a vida de milhões de pessoas, construindo uma colaboração inimaginável entre o antes e o agora. Se no início a questão era como sobreviver a esse suposto inimigo, agora o desafio é outro: aprender a navegar nesse oceano de conveniência e disrupção em alta velocidade. Ainda há tempo para desestacionar e trocar o medo pela curiosidade que empodera.
Repito sempre: “A IA não vai roubar seu trabalho. Mas alguém que usa IA, sim.” É como plugar uma bateria ao cérebro, potencializando criatividade e análise. O modelo da competição mudou, não é mais linear — humano x humano — dentro do novo tabuleiro estará você x outro humano + IA. Em breve, será distintivo afirmar: “sou IA adicto.”
O ChatGPT, lançado em 2022, conta com mais de 400 milhões de usuários ativos mensais, concentrando entre 60% e 80% de todo o mercado de chatbots de IA. É disparado o mais utilizado no planeta. Concorrentes como Gemini, Claude, Copilot e Qwen crescem, mas não alcançam essa escala. Os números revelam apenas a superfície. O que realmente está em jogo é a criação de um novo way of life, o Living Intelligence. A integração entre IA e IoT (Internet das Coisas) provocará um salto: casas, carros, cidades, consumo, saúde e relações pessoais serão guiados por sistemas que aprendem, conectam e antecipam desejos. Representando uma harmoniosa fusão entre tecnologia e vida, inaugurando um modo de existir inédito.
No ambiente profissional, nasce uma nova exigência: saber construir prompts assertivos e pontuais. Essa habilidade será tão vital quanto ler e escrever no século passado. Seja qual for o ramo de atividade, a IA já vem substituindo profissionais que não se perguntaram: como posso tirar proveito para fazer melhor e mais rápido? O que antes dependia de esforço humano, hoje é IA-otimizado.
Eis a diferença entre quem abraça essa revolução e quem resiste a ela:
Quem usa IA na rotina obtém:
- Produtividade multiplicada: horas viram minutos.
- Decisões mais precisas: dados e análises em tempo real.
- Criatividade ampliada: ideias e protótipos instantâneos.
- Competitividade: destaca-se ao dominar prompts.
- Economia de energia: foco no que realmente importa.
- Acesso democrático ao conhecimento: um “mentor on-demand”.
Quem vive sem IA peca em:
- Produtividade limitada: tudo depende do esforço manual.
- Decisões lentas, baseadas apenas em intuição.
- Criatividade restrita à inspiração pessoal.
- Risco de obsolescência diante dos colegas que usam IA.
- Rotina mais lenta, burocrática e desgastante.
- Acesso desigual ao conhecimento e às oportunidades.
O recado final é direto e reto: o maior inimigo do seu desenvolvimento e reconhecimento profissional não é a IA, e sim você mesmo. Mais do que nunca, a competição será entre cultura e mentalidades. Quem permanecer preso ao passado perderá. Não seja o seu maior inimigo: aceite a nova escalação do time e vista a camiseta — você + IA.