Em março, lanço meu terceiro livro, "O Salto", onde trago um conteúdo mais denso sobre as questões da vida, do universo das relações, negócios e das marcas. O ponto de partida é aceitar que, para chegar ao sucesso, será necessário redefinir e revisitar os valores e a cultura que nos trouxeram até aqui. Empresas criadas no século passado terão gigantescas dificuldades para seguir brilhando no século XXI. A tomada de consciência da dimensão das mudanças é o que fará florescer nossa coragem e criatividade. Nem tudo se limita à força dos músculos e do dinheiro. O simbolismo e o significado de um salto, à primeira vista, nos levam a pensar em superar: concorrentes, obstáculos físicos, geográficos, grandes distâncias. No entanto, me refiro a outro tipo de salto, aquele que trata de expandir e adentrar nossas fronteiras internas, que tratam dos territórios mais profundos da nossa própria mente.
Você já parou para entender o porquê faz do jeito que faz; como reage aos fatos da vida; e, em especial, o que move você a levantar todos os dias? Concordo, não é algo simples de ser compreendido, que dirá aceito. Ampliar a consciência exige pensar, silenciar, renunciar, isso incomoda. É mais fácil julgar, criticar, contudo, isso não nos faz chegar ao sucesso. O aumento gradual de consciência possibilitará que você identifique os pontos de convergência e divergência da sua própria equipe, assim como trará a oportunidade de reconhecer onde sua organização se fortalece, e quando se fragiliza. Essas informações são fundamentais para ajustar a rota da posição atual (ponto A) para o sucesso (ponto B). É necessário acompanhar o flow do mercado, observando e corrigindo. A sua colheita será tanto mais farta se houver sensibilidade, criatividade e inquietude. Seduzir compradores passa por entender suas dores e necessidades, o que possibilitará responder através de inovação de valor consistente. Alguns ensinamentos que colhi ao longo do tempo:
1. Confiança.
Ninguém acreditará em você, até que você mesmo acredite. Faça o que ninguém ousou fazer, como diria Bernard Shaw, "Why not?".
2. Intuição.
Em algum momento é preciso apertar o botão do f@d@-s*. Relaxe, o que você ainda não sabe lhe será apresentado ao longo do salto.
3. Insistência criativa.
Não se preocupe em fazer perfeito. Quase todas as execuções contêm algum tipo de imperfeição. A perfeição só se atinge pelo infinito acúmulo de imperfeições.
4. Equilíbrio.
O medo paralisa a todos, inclusive você e eu. O ego nos maltrata, exige o mais que perfeito. Procrastinar tende a tornar o salto cada vez mais difícil e complexo.
5. Visualize.
Enxergar antecipadamente os resultados ampliará, gradualmente, a sua consciência, trazendo luz sobre o que fazer.
6. Ande com quem respeita você.
Se cerque de quem traz energia, verdade, ética e autenticidade. Elimine, imediatamente, os puxa-sacos. Escolha quem estará com você para o que der e vier. Em "Viagem a Ixtlan", de Carlos Castañeda, Don Juan Matus já afirmava: "Não perca tempo, onde não tem um coração: não tem nada".
O maior de todos os saltos está em reconhecer o poder da gentileza e da humildade. Acredite: o sucesso é um salto coletivo.