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Visão de Mercado

- Publicada em 28 de Junho de 2023 às 21:28

A força da origem RS

Marcas existem para transformar produtos e serviços aparentemente iguais em desiguais. Em uma camada superior, a diferença é construída pela marca da organização, ou seja, da corporação. No mundo perfeito, bastaria baixar a cabeça e trabalhar as marcas da organização e de seus produtos para serem desejadas. Mas quem já não ouviu falar da qualidade dos carros alemães, do vinho argentino, dos perfumes franceses, do design dos móveis e carros italianos? Percebe que subimos mais um degrau?
Marcas existem para transformar produtos e serviços aparentemente iguais em desiguais. Em uma camada superior, a diferença é construída pela marca da organização, ou seja, da corporação. No mundo perfeito, bastaria baixar a cabeça e trabalhar as marcas da organização e de seus produtos para serem desejadas. Mas quem já não ouviu falar da qualidade dos carros alemães, do vinho argentino, dos perfumes franceses, do design dos móveis e carros italianos? Percebe que subimos mais um degrau?
Agora, estamos falando da marca de nações, que na verdade tem como ponto de irradiação conceitual alguma região. Mendoza é um bom exemplo: simplesmente se tornou o ícone das boas vinícolas argentinas, não só no mercado local, mas no mundo.
Quando a competição passa a ter sobrenome, a origem que gera reputação se torna algo decisivo na mesa de negociação. Isso, na última linha, significa ser a marca preferida com menos dor.
A chancela de uma "marca de origem" tem uma capacidade incrível de colaborar através do seu C.E.P. Quando um vinho argentino apresenta algum problema, a posição de origem não é afetada. Sabe por quê? Porque a imagem de marca da tradição, qualidade e padrão dos vinhos argentinos está acima de um defeito de uma safra, que dirá de uma garrafa. O Rio Grande do Sul sempre foi um celeiro de qualidade e dificilmente temos algum setor na nossa indústria que fique devendo em tradição, inovação e qualidade para qualquer outra região do país. Mas aí eu pergunto para você: o que nos falta enquanto região para termos esse reconhecimento pelos milhões de consumidores brasileiros?
Um iniciado em qualquer tema enxergará muito mais detalhes que um iniciante. Digo isso porque para um expert em espumantes, talvez possamos ficar devendo alguma coisa para os franceses, mas para a maioria da população em um blind test (teste cego), nossos espumantes não perdem em nenhum aspecto. O mesmo eu poderia afirmar em relação a tudo que produzimos no RS: de tênis e calçados a móveis; de máquinas agrícolas e empreendimentos imobiliários a cutelaria; de alimentos a tratores e ônibus, e por aí vai.
Buscando respostas a essas questões, identifiquei que falta ao nosso estado ajustar seu enquadramento competitivo, ampliar o escopo. Não somos apenas bons em alguns setores, somos excelentes em vários. Mas somos tímidos, fomos culturalmente forjados à disciplina do fazer bem feito, mas encabulados para nos posicionar como capazes de entregar produtos com classe mundial em qualidade, inovação e design.
O gaúcho precisa se colocar para o Brasil, assim como Mendoza se colocou para a Argentina, fazendo os argentinos se orgulharem do bom vinho que produzem. Trago este tema que não é novo e que no entanto, até agora não foi resolvido. A marca "RS S/A" precisa ser nutrida a partir daquilo que tem de melhor: qualidade e inovação com garantia de tradição. Um sonho grande, mas longe de ser inatingível. Ser referência para o Brasil e para o mundo. Impulsionando a indústria gaúcha, o RS se transforma para melhor, seja na geração de empregos, arrecadação, estradas, escolas, enfim, desenvolvimento que a todos beneficia. O sucesso da indústria será o bônus de todos gaúchos.