Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Visão de Mercado

Visão de Mercado

- Publicada em 05 de Abril de 2023 às 20:22

O Conselho, o CEO e a estratégia

Francisco Gracioso, um dos grandes estrategistas brasileiros, em um dos seus mais de 30 livros publicados, afirmou que o planejamento estratégico de 4ª fase é quando a empresa constrói o seu futuro. Quem na sua organização no meio de toda essa crise, que tende a piorar, está pensando, planejando, enfim definindo os novos caminhos para o futuro?
Francisco Gracioso, um dos grandes estrategistas brasileiros, em um dos seus mais de 30 livros publicados, afirmou que o planejamento estratégico de 4ª fase é quando a empresa constrói o seu futuro. Quem na sua organização no meio de toda essa crise, que tende a piorar, está pensando, planejando, enfim definindo os novos caminhos para o futuro?
É hora de se movimentar, seja qual for o seu negócio, tem apenas quatro certezas:
1. O que move o consumo é o desejo;
2. Se você não fizer nada seu negócio será comoditizado ou disruptado;
3. Estamos na era da abundância da oferta em contrapartida a escassez de clientes e consumidores;
4. As glórias do ontem, não garantem o sucesso no amanhã.
Reduzir custos, demitir, fechar pontos de vendas, eliminar investimentos em marketing, são decisões importantes para não morrer, mas aonde estará seu negócio/marca, amanhã?
Tempos loucos, tempos multiversos, tempos que nos fazem rever absolutamente tudo. Vejo neste particular uma grande oportunidade para haver uma maior contribuição estratégica dos conselheiros de administração junto aos CEOs, e a diretoria.
Uma coisa posso afirmar, após quase 40 anos formulando estratégias e construindo marcas líderes: para colaborar primeiro você tem que entender o mercado - empurrar balcão com a barriga, gastar sola de sapato e escutar muito quem está na linha de frente.
Não basta ficar analisando relatórios que refletem a performance do ontem, discorrendo sobre as ameaças oriundas da desintermediação da indústria, transformação digital; nem tampouco sobre o perigo da qualificação das marcas próprias do varejo para a industria. O fato é: o que e como você vai fazer para surfar essa onda?
Fato: Quem estiver perto dos clientes e consumidores, na sua pele, vivendo e procurando atender suas dores estará com a vantagem.
Criar marcas novas é muito mais caro do que revitalizar marcas existentes, por outro lado ampliar o escopo corporativo de uma empresa aumenta exponencialmente sua capacidade de competir. Aí um tema ainda pouco conhecido e explorado que é o potencial do reenquadramento estratégico de uma corporação.
O CA deve ser um aliado do seu principal piloto (CEO), a relação deve ser de efetiva colaboração.
Questões de governança, compliance, gestão, riscos, ESG, sucessão, são importantes. Mas se a empresa não estiver aqui no futuro, tudo isso não servirá para nada. Devemos nos balizar por mentes visionárias e brilhantes como Raul Randon, Jorge Antonio Logemann, Alexandre Grendene, Jorge Gerdau, Eugenio Farina, e tantos outros que antes de mais nada por não saber que era impossível, foram lá e fizeram acontecer.
Crescer velozmente sem uma proposta de valor singular e relevante não resolverá o futuro.
Isso coloca um peso gigantesco nas costas do CEO e da diretoria, porque são cobrados por performance, mas ao mesmo tempo, muitas vezes, tem que convencer os conselheiros dos investimentos a serem feitos, o que torna tudo mais lento e morno.
O caminho é resultado de uma construção coletiva, tendo na convergência estratégica entre CA, CEO e diretoria a base para a empresa avançar com velocidade, reforçando vínculos e alianças com toda sua cadeia de valor.