Gestão focada no comportamento

Três perguntas e respostas para Nei Maldaner, diretor de estratégia da Sisnema Informática.

Nei Maldaner – O gestor precisa entender que as pessoas têm pontos de vista diferentes e aprender a utilizar essas desigualdades para motivar os funcionários no ambiente de trabalho. Ele terá que compreender o que você gosta e o que rejeita, e usar isso na negociação corporativa de modo positivo. Eu foco no outro para entendê-lo e fazer o que eu desejo profissionalmente, sendo justo para os dois lados. Essa é a ideia!

Maldaner – A visão comportamental será cada vez mais forte dentro das organizações, pois estamos acompanhando um conflito de geração onde a remuneração já não está no topo da pirâmide. E essa característica, mais visível nas gerações Y e Z, está moldando o mercado e a forma de se trabalhar. As novas gerações querem fazer as coisas do jeito delas, tomar iniciativas e decisões. Elas querem gerir seu próprio trabalho. E para compreender essas mudanças é preciso identificar e entender as relações e as preferências de cada pessoa.

Maldaner – Sim. Para identificar um talento, devemos entrar em contato com a vivência de cada profissional, compreendendo as reações que essa pessoa tem em distintas situações. A partir disso, o gestor deve entender que trabalhar com o comportamento é fundamental para estabelecer o funcionamento da organização e encontrar os perfis desejados.

A Insoft4, empresa de sistemas de controle de ponto de Sapiranga, acaba de levar o seu maior contrato de 2011. A companhia venceu a licitação na Infraero, envolvendo 13 novos mil usuários em todo País. O projeto representa agregar de uma tacada só 13% da base atual de usuários, que soma 100 mil em empresas como Randon, Marcopolo e PUC-RS. Para ganhar, a Insoft4 bateu na disputa à poderosa Totvs, com uma oferta de R$ 194 mil, 25% mais barata que a da concorrente. O período é de reaquecimento dos negócios, depois de um período morno em função da demora da aprovação da nova lei de controle de ponto.

A Unirede, de Porto Alegre, implementou a plataforma Zabbix na rede de lojas da gaúcha Herval, dona das lojas Taqi. Com a ferramenta open source desenvolvida na Estônia – e usada por aqui em grandes empresas como Procergs e Petrobras - a empresa de Dois Irmãos espera diminuir o tempo de resposta a incidentes de problemas na rede, ou até mesmo evitá-los.  Antes, a área de TI na Herval controlava 90 unidades de negócio no muque, o que era causa de grandes dores de cabeça em uma companhia com negócios muito diversificados e previsão de faturar R$ 1,2 bilhão em 2011.