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Repórter Brasília

- Publicada em 29 de Agosto de 2021 às 21:12

Decifrando Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém estilo controverso

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém estilo controverso


/Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
Decifrar Jair Bolsonaro (sem partido, foto) não é muito difícil. Entretanto, juntar seu perfil ao do presidente de um estado democrático moderno, do quinto maior país territorial do planeta, da nona maior economia do mundo é que desmontaria o personagem, pois é improvável, impossível mesmo, imaginar tal figura em pleno Século XXI. Porém ele existe e está no poder, o que torna essa análise um assunto sério e relevante. Não há como escapar do personagem, ele está aí, todos os dias, no noticiário e nas vidas dos brasileiros. Isso não é um exercício pseudo psicanalítico, uma elucubração de um colunista imaginoso ou uma brincadeira. O assunto é sério.
Decifrar Jair Bolsonaro (sem partido, foto) não é muito difícil. Entretanto, juntar seu perfil ao do presidente de um estado democrático moderno, do quinto maior país territorial do planeta, da nona maior economia do mundo é que desmontaria o personagem, pois é improvável, impossível mesmo, imaginar tal figura em pleno Século XXI. Porém ele existe e está no poder, o que torna essa análise um assunto sério e relevante. Não há como escapar do personagem, ele está aí, todos os dias, no noticiário e nas vidas dos brasileiros. Isso não é um exercício pseudo psicanalítico, uma elucubração de um colunista imaginoso ou uma brincadeira. O assunto é sério.
Difícil de explicar
O País, seus políticos, analistas, observadores e a mídia em geral, quebram a cabeça todos os dias para explicar por que o chefe da Nação faz isto e aquilo. Não há como entendê-lo se não se estudar o processo educacional em que se formou. Ele foi educado, treinado e aperfeiçoado para ser o que é. Seria um excelente profissional em seu quadrado, não fossem as surpresas da vida que, primeiro, o transformaram em sindicalista, daí à política foi um passo, e a presidência da República, um fato que consumirá gerações de sociólogos e historiadores para explicar como ocorreu o 2018.
Renúncia de Jânio Quadros
Bolsonaro remete a outro fato obscuro e inexplicável, a renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, em 1961, que se relembra neste mês de agosto pelo 60º aniversário da Legalidade, fato político ainda predominante na História do Rio Grande do Sul, ao lado de outros fatos igualmente relevantes. A vitória da Legalidade é um orgulho dos gaúchos, mas a renúncia de Jânio Quadros é uma história ora trágica, ora bufa.
Treinado para matar e destruir
Quando Bolsonaro deixou o Exército era ainda um capitão, a patente mais alta dos oficiais que estão no campo, combatentes diretos. Até esse ponto espera-se que seja um matador de inimigos de seu país. Diferentemente do policial que deve render e prender o antagonista, o militar das forças armadas têm de matar e destruir. Daí em diante o oficial passa para outros estágios, desenvolvendo habilidades de planejador e estrategista, de major a coronel. Mais à frente, como general, tem de se desempenhar como estadista, uma atividade muito complexa e desafiadora, em tempo de paz, para um gestor que tem sob sua direção aqueles homens armados e dispostos a tudo.
 Dificuldades no Parlamento
 Bolsonaro estava muito longe, dois degraus abaixo, quando se converteu em político integrante de um Parlamento. O que comprovaria esta tese é que nunca se deu bem na Câmara dos Deputados, pois essa casa é a antítese de sua formação e, por conseguinte, da forma de ver o mundo e encarar os obstáculos.
 Difícil deter a escalada
Seu lema é avançar. Por isso é impossível que ele aceite os termos nas negociações e pacificações que lhe são propostas, pois todas as pontes sugerem recuos, concessões e composições. Ele é de seguir em frente. Paraquedista, pode ser entendido como aqueles homens do livro de Cornelius Ryan, "Uma Ponte Longe Demais" (base do filme de mesmo nome de Richard Attenboroughi) ou um voluntário para missões suicidas, como no filme "Os Canhões de Navarone", de J. Lee Thompson. A paz não é com ele. Veio ao mundo para lutar. Será difícil deter sua escalada.
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