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Repórter Brasília

- Publicada em 01 de Julho de 2021 às 03:00

Para onde vai o nosso esporte?

No Rio de Janeiro, foi construído o Parque Olímpico da Barra

No Rio de Janeiro, foi construído o Parque Olímpico da Barra


Miriam Jeske/Divulgação/Rio-2016/JC
Esqueçam por uns minutos os gravíssimos problemas institucionais que nos assolam há bom tempo. A CPI e o governo federal seguirão nessa necessária disputa até os relatórios finais, roteiros que já conhecemos. Tudo muito importante, claro, mas vejam esta memória que hoje trago aos leitores.
Esqueçam por uns minutos os gravíssimos problemas institucionais que nos assolam há bom tempo. A CPI e o governo federal seguirão nessa necessária disputa até os relatórios finais, roteiros que já conhecemos. Tudo muito importante, claro, mas vejam esta memória que hoje trago aos leitores.
Megaeventos esportivos
Estamos completando seis anos da realização dos megaeventos esportivos. Entre 2007 e 2016, o Brasil sediou os Jogos Pan-Americanos, Jogos Parapan-Americanos, Jogos Mundiais Militares, Jogos Indígenas Mundiais, Jogos Escolares Mundiais, Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol, Olimpíada, Paralimpíada. Os governos federal, estaduais e municipais, do Rio de Janeiro, principalmente, abriram as torneiras. Só dos cofres públicos de Brasília foram em torno de R$ 12 bilhões nesses 10 anos de esportes. E daí?
E os legados aonde andam?
No discurso oficial, teríamos "legados", não só das magníficas obras construídas - no Rio de Janeiro, como o Parque Olímpico (foto), mas na forma de incentivo aos nossos jovens, capaz de tornar o País em potência esportiva mundial. Algumas instalações seriam privatizadas. Outras, transformadas em escolas ou praças esportivas espalhadas pelo Rio. Nada foi feito. O que se viu foram irregularidades na construção, superfaturamento nas obras, dívidas ainda não pagas, valiosos espaços abandonados e sem qualquer uso do público ou da comunidade escolar.
Gestão pública do esporte
Está claro que a gestão pública do esporte revela-se incompetente e irresponsável, ao longo de décadas. Aceita sediar eventos esportivos bilionários, abre os cofres públicos com gastos e corrupção exorbitantes e faz promessas de fantasia que nunca se realizam.
Enquanto isso
O Brasil esportivo é um emaranhado de confusão. Ainda discutimos sobre a prática de educação física nas escolas. Costumo fazer uma comparação entre os Estados Unidos e Cuba. São dois extremos em extensões territoriais, extremos também nas suas economias, na qualidade de vida, enfim. No entanto, esses dois países têm em comum a prática do esporte em suas escolas. Está provado que o esporte é instrumento complementar ao ensinamento pedagógico. Mas, por aqui, só em escola particular.
O que falta?
Somos um país futebolístico por excelência. O restante das modalidades são "modismos" de ocasião e os acompanhamos em raros momentos que ajudam a exaltar o patriotismo etc. Por tudo isso, é importante que Câmara e Senado votem logo o Projeto de Lei que institui o Plano Nacional de Desporto (PND). Esse plano está previsto na Lei Pelé, que é de 1998. Ou seja, estamos 23 anos atrasados, e atualmente está parado na Secretaria Especial do Esporte do governo federal.
Esporte fonte de renda
Da mesma forma, é preciso que o Senado e a Câmara comecem a discutir logo a Lei Geral do Esporte (PL 68/2016), que atualiza a Lei Pelé, a fim de que o esporte seja visto, também, como fonte de renda para a economia nacional. Temos potencial, falta-nos gestão.
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