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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 19 de Novembro de 2025 às 00:25

A força do agro brasileiro

Luis Carlos Heinze, senador RS. Audiência na Famurs com produtores, entidades do agro, parlamentares e Prefeitos. Securitização. Agricultura. Crédito rural.

Luis Carlos Heinze, senador RS. Audiência na Famurs com produtores, entidades do agro, parlamentares e Prefeitos. Securitização. Agricultura. Crédito rural.

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Apesar das tarifas adicionais impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros, as exportações totais de carne bovina em outubro, obtiveram uma receita de US$ 1,897 bilhão, alta de 37,4% em relação ao mesmo período de 2024. Foram movimentadas 360,28 mil toneladas, 12,8% a mais do que um ano atrás.
Setor reagiu com competência, diz Heinze
O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP, foto) destacou que o desempenho do setor da carne bovina, mesmo diante das barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos, é prova da força e da inteligência do agro brasileiro. Segundo ele, “o setor reagiu com máxima competência; diversificou destinos, consolidou presença em mercados estratégicos e garantiu recordes históricos de exportação”.
Ação integrada
Heinze afirma que esse resultado não surgiu por acaso, mas sim da atuação integrada entre produtores, técnicos, cooperativas, frigoríficos e exportadores, todos conscientes de seu papel no comércio internacional. “É um trabalho de excelência que nasce na propriedade e termina com a carne brasileira nas mesas do mundo inteiro.”

Caminho do confronto
Ao comparar o esforço do setor com a postura do governo federal, Heinze foi contundente: “Enquanto o agro dá uma aula de estratégia e diplomacia comercial, o governo escolheu o caminho do confronto, agravando a relação com um dos maiores mercados do mundo. É uma contradição inexplicável que coloca em risco o futuro das exportações e, principalmente, penaliza quem trabalha e sustenta a economia”.

Debate perigoso no virtual
Para o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT), “a proposta de combate ao crime organizado não pode ser votada em plenário virtual”. Ele considera “temerário” avançar com um tema tão sensível sem a presença física dos parlamentares. “É um tema muito momentoso, muito perigoso, precisamos aprofundar o debate.”

Crime organizado sem fronteiras
O parlamentar lembrou que tratou do assunto no Mercosul e no Parlasul, defendendo uma ação conjunta entre Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Citou a recente operação uruguaia que prendeu uma quadrilha responsável por enviar 8 mil armas ao Brasil. Para ele, “os bandidos estão cada vez mais sofisticados e o enfrentamento deve ser integrado entre os países”.

Resposta firme do Estado
Pompeo de Mattos defende que chefes de facções sejam alvos de um sistema mais duro. “Penas ampliadas, prisões mais rígidas e fortalecimento da capacidade do Estado; o bandido tem que ser preso, processado e condenado. O Congresso Nacional tem que dar uma resposta.”

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