A guerra urbana no Rio de Janeiro, com mais de uma centena de mortos, revela o colapso da segurança pública e o avanço das facções que já cruzam fronteiras. O Rio, virou, como disse a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), “um laboratório do crime no Brasil”. O que ocorre lá pode repetir-se em outros estados, inclusive no Rio Grande do Sul, se o poder público seguir inerte.
Sem GLO, mas com ação imediata
É urgente criar instrumentos que permitam às Forças Armadas agir com rapidez sem depender da burocracia da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Em guerras contra o tráfico, cada hora conta. O governo fala em criar um escritório conjunto de inteligência e ação integrada, mas o país precisa de estratégia real, não de comissões.
Vozes do Parlamento
O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL) foi direto: “Quem defende bandido numa luta para moralizar o Rio, não merece ser parlamentar. Vá para o PCC, aqui não serve”. Já Marcel Van Hattem (Novo/RS) criticou o parecer da AGU que impediu o envio de blindados.
“O Exército não pode ser tratado como instituição para pintar meio-fio, mas sim para defender o cidadão”. Ele e sua bancada propõem uma lei que permita apoio militar emergencial, sem depender de GLO.
A omissão e o risco de contágio
Para José Medeiros (PL), “a falta de respaldo às polícias estimula o crime. A polícia levantou os nomes e foi recebida à bala. A ausência de coordenação entre inteligência federal e estadual mostra falhas graves. O que se passa no Rio é um teste de resistência do Estado brasileiro”.
Entre a razão e a emoção
Enquanto oposicionistas pedem firmeza, Benedita da Silva (PT-RJ) e e a gaúcha Maria do Rosário (PT) lamentam a banalização da morte. O país precisa de equilíbrio entre firmeza e inteligência, repressão e prevenção.
PEC da Segurança
O governo Lula aposta na PEC 18/2025, que amplia a integração entre forças de segurança. O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirma que é o caminho para enfrentar o crime organizado. Já Alberto Fraga (PL-DF) critica: “O texto do governo não serve para nada. Precisamos de leis duras, não de discurso”.
O Congresso deve decidir se enfrenta a violência ou se mantém a omissão.
Estrutura militar e poder digital
O Rio está em chamas, e o Brasil observa. O crime avança com estrutura militar e poder digital. Se o Estado seguir dividido e burocrático, as favelas do Rio serão apenas o início de uma guerra nacional.
É hora de o país agir com união, rapidez e coragem, antes que o fogo do Rio alcance o resto do Brasil.
Combate ao crime organizado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova lei que fortalece o combate ao crime organizado e amplia a proteção de autoridades e servidores da segurança pública. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e cria dois novos tipos penais: um para punir quem tentar obstruir investigações sobre organizações criminosas e outro que protege juízes, promotores, policiais e militares, além de seus familiares quando estiverem sob risco em razão do exercício de suas funções.