A pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 55% dos eleitores consideram justa a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, enquanto 39% discordam. Pela primeira vez, mais da metade (52%) acredita que o ex-presidente participou da tentativa de golpe, contra 36% que rejeitam a acusação.
No Sul, descrença de envolvimento
O caso é amplamente conhecido: 86% sabem do julgamento no STF e 84% da prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Regionalmente, só no Sul prevalece a descrença no envolvimento: 46% acreditam que ele não participou, contra 43% que acreditam que ele participou. Enquanto no Nordeste 62% veem participação. Entre católicos, 59% acreditam no envolvimento; entre evangélicos, 54% pensam o contrário.
Telefones nas escolas
A pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford em parceria com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro confirmou o que já se intuía: a proibição do uso irrestrito de celulares em sala de aula elevou em 25,7% o desempenho em matemática e 13,5% em língua portuguesa. Os dados reforçam a tese defendida pelo deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), autor da lei que restringe o uso dos aparelhos nas escolas.
Disciplina e tecnologia
Moreira lembra que não se trata de demonizar a tecnologia, mas de discipliná-la. O celular, quando usado sem critérios, desvia a atenção e corrói a capacidade de concentração dos alunos. Mas, quando incorporado a um projeto pedagógico inteligente, pode ser um poderoso aliado. “O avanço tecnológico veio para ficar. O desafio é colocá-lo a serviço da educação, transformando a tela em fonte de curiosidade e aprendizado”, afirma.
Descobrir o caminho
O parlamentar destaca que a escola não pode se limitar a retirar celulares das mãos dos jovens, mas sim criar laboratórios digitais que despertem o interesse e usem a tecnologia como ponte entre conteúdo e atenção. “Se o celular consegue prender o aluno por horas, é porque encontrou um caminho para a curiosidade. Cabe à educação descobrir esse mesmo caminho.”
A favor da aprendizagem
No fundo, a proposta não é banir a tecnologia, mas devolvê-la à sua função original: ferramenta de conhecimento. Ao equilibrar disciplina e inovação, a escola ganha um aliado poderoso contra a distração e a favor da aprendizagem.
Reforma administrativa
O presidente Hugo Mota (Republicanos-PB) anunciou, nesta segunda-feira (25), que a Câmara dos Deputados vai formar uma comissão geral no dia 3 de setembro para debater a reforma administrativa. O parlamentar afirma que "o Estado brasileiro não está funcionando na velocidade da sociedade e que a cada dia a vida real cobra mais do que a máquina pública consegue entregar”.
Comissão geral
Segundo o presidente da Câmara, em acordo com o relator da reforma administrativa, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), ele está anunciando a realização de uma comissão geral no plenário da Câmara para debater a reforma administrativa. “O tema não pode mais ser adiado, pois desrespeita a espinha dorsal da República, a capacidade do Estado de servir de forma eficiente e justa”, disse Motta.
Juízes e promotores
O deputado Pedro Paulo anunciou que vai incorporar ao texto uma proposta que proíbe a aposentadoria compulsória como forma de punição a juízes e promotores. O texto deve ser divulgado na próxima semana. O relatório que reúne cerca de 70 itens para melhorar a questão do serviço público ainda não foi oficialmente apresentado.