O Brasil atravessa um momento de elevada tensão institucional. Após o tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros, a crise ganhou contornos mais dramáticos. Deputados e senadores da oposição assumiram as mesas diretoras da Câmara e do Senado, obstruindo votações, com alguns se acorrentando e até utilizando o espaço da presidência da Câmara para manifestações simbólicas, como o caso de uma deputada que amamentou seu filho no plenário, exigindo a votação da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.Interferência dos EUAAlém disso, acusações de tentativa de interferência do governo norte-americano no Judiciário brasileiro agravam o cenário. O clima de confronto se intensificou com os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apontado pela oposição como responsável por uma escalada de decisões judiciais “sem base legal”.‘Apagar fogo com gasolina’, diz AlceuEm entrevista ao Repórter Brasília, o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) criticou duramente a condução do ministro Alexandre de Moraes e o que chamou de radicalização institucional. “Chegamos a um momento da luta política em que os extremos perderam a capacidade de dialogar. Moraes tenta apagar o fogo com gasolina. Ele vai dobrando apostas, multiplicando erros e sem nenhuma sensibilidade política”, disparou o deputado.Desordem públicaSegundo Alceu Moreira, “o ministro agiu para transformar um ato de desordem pública em tentativa de golpe de Estado. Não houve golpe; ninguém dá golpe sem armas, de fora do País, oito dias depois de sair do governo. Isso é uma invencionice criada para justificar dosimetrias desproporcionais nos julgamentos”.Anistia como ‘ponto de equilíbrio’Para o deputado, “a concessão de anistia pode ser um caminho de reconstrução política, talvez, nesse processo convulsionado, a única forma de reconstituir e colocar a bola no centro do campo seja dar a anistia. A partir daí, julgar quem de fato cometeu delitos, com direito à ampla defesa, contraditório e ao devido processo legal”.Punir crimes reaisO deputado Alceu Moreira reconhece a necessidade de punir crimes reais, mas pede que inocentes não sejam nivelados por um discurso político.
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O Brasil atravessa um momento de elevada tensão institucional. Após o tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros, a crise ganhou contornos mais dramáticos. Deputados e senadores da oposição assumiram as mesas diretoras da Câmara e do Senado, obstruindo votações, com alguns se acorrentando e até utilizando o espaço da presidência da Câmara para manifestações simbólicas, como o caso de uma deputada que amamentou seu filho no plenário, exigindo a votação da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Interferência dos EUA
Além disso, acusações de tentativa de interferência do governo norte-americano no Judiciário brasileiro agravam o cenário. O clima de confronto se intensificou com os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apontado pela oposição como responsável por uma escalada de decisões judiciais “sem base legal”.
‘Apagar fogo com gasolina’, diz Alceu
Em entrevista ao Repórter Brasília, o deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB) criticou duramente a condução do ministro Alexandre de Moraes e o que chamou de radicalização institucional. “Chegamos a um momento da luta política em que os extremos perderam a capacidade de dialogar. Moraes tenta apagar o fogo com gasolina. Ele vai dobrando apostas, multiplicando erros e sem nenhuma sensibilidade política”, disparou o deputado.
Desordem pública
Segundo Alceu Moreira, “o ministro agiu para transformar um ato de desordem pública em tentativa de golpe de Estado. Não houve golpe; ninguém dá golpe sem armas, de fora do País, oito dias depois de sair do governo. Isso é uma invencionice criada para justificar dosimetrias desproporcionais nos julgamentos”.
Anistia como ‘ponto de equilíbrio’
Para o deputado, “a concessão de anistia pode ser um caminho de reconstrução política, talvez, nesse processo convulsionado, a única forma de reconstituir e colocar a bola no centro do campo seja dar a anistia. A partir daí, julgar quem de fato cometeu delitos, com direito à ampla defesa, contraditório e ao devido processo legal”.
Punir crimes reais
O deputado Alceu Moreira reconhece a necessidade de punir crimes reais, mas pede que inocentes não sejam nivelados por um discurso político.