Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 30 de Julho de 2025 às 20:53

Fome: vitória que exige vigilância, alerta deputado federal gaúcho Pedro Westphalen

Pedro Westphalen chama atenção para a necessidade de reduzir entraves que prejudicam a produção agrícola

Pedro Westphalen chama atenção para a necessidade de reduzir entraves que prejudicam a produção agrícola

/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/JC
Compartilhe:
JC
JC
Em apenas dois anos, o governo do Brasil reduziu a insegurança alimentar para menos de 2,5% da população, retomando a trajetória de combate à fome e à pobreza. Com isso, Lula cumpre a promessa feita ao iniciar seu mandato em janeiro de 2023. O deputado federal gaúcho Pedro Westphalen (PP, foto) alerta, porém, que, "se não fosse atrapalhado pelos governos, o Brasil já teria saído da faixa da fome há muito tempo", chamando atenção para a necessidade de reduzir entraves que prejudicam a produção agrícola.
Em apenas dois anos, o governo do Brasil reduziu a insegurança alimentar para menos de 2,5% da população, retomando a trajetória de combate à fome e à pobreza. Com isso, Lula cumpre a promessa feita ao iniciar seu mandato em janeiro de 2023. O deputado federal gaúcho Pedro Westphalen (PP, foto) alerta, porém, que, "se não fosse atrapalhado pelos governos, o Brasil já teria saído da faixa da fome há muito tempo", chamando atenção para a necessidade de reduzir entraves que prejudicam a produção agrícola.
Cuidado com os retrocessos
O anúncio da FAO/ONU de que o Brasil deixou o Mapa da Fome é um marco. Mas não podemos nos enganar: essa conquista, baseada em dados de 2022 a 2024, não está blindada contra retrocessos. Já vimos no passado como crises econômicas e má gestão empurraram milhões de brasileiros de volta à insegurança alimentar.
Produção abundante, mas mal distribuída
Somos um dos maiores produtores de alimentos do planeta, ainda assim, milhões de famílias enfrentam dificuldades para colocar comida na mesa. A abundância agrícola não é suficiente se faltar logística, apoio à agricultura familiar e políticas de preços que facilitem o acesso ao básico.
Emprego e renda
A saída do Mapa da Fome deve ser tratada como compromisso de Estado. Isso passa pela geração de empregos de qualidade e pela valorização do trabalho. Programas sociais são importantes, mas apenas a renda estável garante que as famílias possam comprar seus próprios alimentos. Uma economia fragilizada pode levar rapidamente ao aumento da pobreza e à volta da fome.
Risco do desmonte das políticas públicas
Se não houver continuidade e planejamento, corremos o risco de repetir erros recentes. A desarticulação de programas sociais e a redução de investimentos em segurança alimentar podem reverter a conquista anunciada pela ONU. É preciso que União, Estados e Municípios mantenham ações integradas, sem uso político do combate à fome.
Barreiras impostas ao produtor
O deputado Pedro Westphalen defende menos burocracia para garantir a produção: "Não é enfraquecendo quem produz que vamos fortalecer quem está em situação de vulnerabilidade. Fortalece-se o fraco fortalecendo quem gera renda. Infelizmente, hoje no Brasil o que vemos é uma burocracia enorme e muita retórica. O Rio Grande do Sul, por exemplo, vive uma crise sem o devido apoio do governo federal".
Brasil pode ser parte da solução
Para o parlamentar, o País tem condições de contribuir significativamente para a redução da fome. "O Brasil pode suprir grande parte das necessidades de alimentação do seu povo, mas, para isso, é preciso acabar com os empecilhos criados pelos governos. Somos um país com imenso potencial, mas precisamos cortar os custos e entraves no meio do caminho", concluiu Westphalen.
Justiça alimentar
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, sintetizou bem a situação: "Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia".
 

Notícias relacionadas