A semana começa carregada de incertezas e tensão política e econômica. O prazo dado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para o início do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, expira na sexta-feira, provocando apreensão no setor produtivo e já ofuscando os resultados do segundo trimestre.
Prejuízos bilionários
O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT) voltou a criticar aimposição de tarifas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros que compromete setores estratégicos da economia. Ele alerta que a medida afeta principalmente exportadores e o agronegócio, com prejuízos bilionários.
Peso da insegurança
Empresas exportadoras, especialmente as de bens de capital, sentem o peso da insegurança. O governo brasileiro tenta conter os danos: o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB, foto), lidera negociações com empresários dos dois países e com o secretário de comércio norte-americano, Gabriel Escobar, defendendo mais comércio e investimentos como alternativa à taxação.
Minerais estratégicos
Em paralelo, cresce a pressão geopolítica. Os EUA manifestaram interesse em explorar minerais estratégicos no Brasil, como lítio e nióbio. Lula respondeu com firmeza: “aqui ninguém põe a mão”, deixando claro que o País não abrirá mão de sua soberania sobre recursos cruciais para o futuro tecnológico. A postura é correta, mas é preciso transformar a retórica em política industrial consistente, para não perder oportunidades de agregar valor internamente.
Na política, especulações
No campo político, o futuro de Jair Bolsonaro (PL) e de seu filho Eduardo, que permanece nos EUA, continua indefinido, alimentando especulações.No Congresso, mesmo com recesso, o tema das emendas parlamentares segue provocando embates entre Executivo e Legislativo, em um cenário que exige equilíbrio, já que o instrumento é essencial ao orçamento, mas não pode se transformar em moeda de troca descontrolada.
Desafios estratégicos
O Brasil está diante de desafios estratégicos. O tarifaço de Trump pode gerar perdas bilionárias e exige firmeza e habilidade política. Alckmin tem conduzido as negociações com sobriedade, mas é evidente que o Brasil precisa diversificar mercados e fortalecer cadeias produtivas internas para não ser refém de crises externas.
Planejamento e diálogo
A disputa por minerais críticos mostra o apetite global por recursos brasileiros. É hora de o governo definir uma agenda que combine soberania, investimento em tecnologia e geração de empregos qualificados. Se a agenda econômica não avançar com planejamento e diálogo, o País continuará oscilando ao sabor de pressões externas e disputas políticas internas.
Programas de saúde mental
Tramita na Câmara uma proposta que assegura a crianças e adolescentes, o acesso a programas de saúde mental do SUS. A Comissão de Saúde aprovou o projeto de lei do Senado (PL 4928/2023), que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O relator do projeto, deputado federal gaúcho Osmar Terra (MDB), afirmou que a medida já deveria ter sido posta em prática há mais tempo.
Combate à corrupção
A deputada Bia Kicis,do PL do DF, considera a anulação de condenações da Lava Jato um golpe contra o combate à corrupção no Brasil. A deputada entende que decisões judiciais recentes desmontam um processo que havia trazido esperança de justiça à população.