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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 17 de Julho de 2025 às 18:54

Congresso Nacional encerra semestre em ebulição

Na última semana antes do recesso, Brasília viveu dias de agitação incomum

Na última semana antes do recesso, Brasília viveu dias de agitação incomum

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO/JC
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Na última semana antes do recesso, Brasília viveu dias de agitação incomum. Deputados e senadores entraram em modo de esforço concentrado, discutindo projetos decisivos até a madrugada desta quinta-feira. A sessão, marcada por embates e reações externas, se estendeu até às 3h41min. Entre os temas centrais estiveram a reação brasileira às tarifas anunciadas por Donald Trump, mudanças no Imposto de Renda e o polêmico projeto que altera o licenciamento ambiental.
Na última semana antes do recesso, Brasília viveu dias de agitação incomum. Deputados e senadores entraram em modo de esforço concentrado, discutindo projetos decisivos até a madrugada desta quinta-feira. A sessão, marcada por embates e reações externas, se estendeu até às 3h41min. Entre os temas centrais estiveram a reação brasileira às tarifas anunciadas por Donald Trump, mudanças no Imposto de Renda e o polêmico projeto que altera o licenciamento ambiental.
Resposta ao tarifaço de Trump
A carta do governo Lula aos Estados Unidos expressando "indignação" com as tarifas foi o ápice de uma série de reações diplomáticas. As novas taxas sobre exportações brasileiras foram interpretadas como retaliação política, com impacto direto sobre o agronegócio e o setor cafeeiro, que tem os EUA como maior mercado. Para piorar, Trump criticou o Pix e o comércio informal da 25 de Março, gerando reação imediata da bancada paulista, que rebateu com números.
Licenciamento ambiental
Aprovado pelo Congresso, o projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental divide opiniões. Ambientalistas denunciam riscos à preservação e a comunidades tradicionais. Já os defensores alegam que a nova legislação trará eficiência e segurança jurídica aos investidores. O debate que promete continuar no segundo semestre, escancara o impasse entre preservação ambiental e crescimento econômico.
Popularidade em recuperação
Em meio às turbulências, Lula colheu frutos: sua aprovação cresceu na região Sudeste, entre mulheres, católicos, e na classe média com Ensino Superior. O projeto que aumentava o número de deputados de 513 para 531, vetado por Lula, após pressão popular e mais de 80% de rejeição, reforçou a conexão do Planalto com o sentimento das ruas.
Imposto de Renda
A Comissão Especial aprovou, por unanimidade, a ampliação da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Também foram mantidas isenções para lucros e dividendos até dezembro de 2025. Para quem recebe acima de R$ 50 mil, a alíquota será de até 10%. A proposta, considerada razoável pelo setor produtivo, será votada em plenário após o recesso.

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