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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 14 de Julho de 2025 às 22:23

Segurança está em xeque diante do avanço do crime organizado

Deputado Pompeo de Mattos afirma que "os presídios brasileiros se transformaram em verdadeiras faculdades da criminalidade"

Deputado Pompeo de Mattos afirma que "os presídios brasileiros se transformaram em verdadeiras faculdades da criminalidade"

/PDT/Divulgação/JC
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Presídios viram "pós-graduação do crime" e Estados precisam reagir, afirmou o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT, foto). A segurança pública no Brasil enfrenta um colapso silencioso e contínuo. Enquanto o País assiste a um aumento na sofisticação e ousadia das facções criminosas, que atuam dentro e fora dos presídios, o debate político ainda gira em torno de competências, disputas institucionais e entraves federativos.
Presídios viram "pós-graduação do crime" e Estados precisam reagir, afirmou o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT, foto). A segurança pública no Brasil enfrenta um colapso silencioso e contínuo. Enquanto o País assiste a um aumento na sofisticação e ousadia das facções criminosas, que atuam dentro e fora dos presídios, o debate político ainda gira em torno de competências, disputas institucionais e entraves federativos.
Sobrevivência do Estado
A proposta de emenda constitucional relatada pelo deputado Mendonça Filho (União-PE), enviada pelo governo federal, tenta colocar ordem nesse cenário ao fortalecer o papel da União no Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e no sistema penitenciário. Mas o desafio vai muito além das normas constitucionais: é uma questão de sobrevivência do Estado diante do avanço do crime organizado.
Crime tomou conta dos presídios
O deputado Pompeo de Mattos, líder do partido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), alertou que "os presídios brasileiros se transformaram em verdadeiras faculdades da criminalidade". Facções como o PCC, Comando Vermelho, Família do Norte, Guardiões do Estado, Os Manos, Bonde dos 13, PGC e Trem Bala, não apenas dominam o sistema carcerário, mas operam como multinacionais do crime, com ramificações em vários estados e conexões internacionais.
Bandidos tomaram conta
"A situação está insustentável", disse o parlamentar à coluna Repórter Brasília. "Os bandidos tomaram conta. Agora, já estão virando multinacional." O diagnóstico é direto e inegável: as penitenciárias brasileiras não apenas falharam em sua função de ressocialização, mas se tornaram centros de formação e comando do crime organizado.
Oportunidade de debate sério
Pompeo de Mattos faz um apelo claro: é hora de o Congresso assumir seu papel. "A última palavra é dos congressistas. Não tem por que ter preconceito contra a proposta. É hora de fazer o dever de casa". Para ele, "votar contra a admissibilidade da PEC, é votar contra o Parlamento debater o tema, o que é um absurdo", lamenta.
Discutir segurança com profundidade
A proposta não resolve todos os problemas, mas cria uma chance de ouro para que o Brasil discuta segurança pública com profundidade, incluindo o papel dos estados, a gestão prisional e a coordenação nacional. Segundo Pompeo, "o texto deve ser discutido em comissão nos próximos meses, e pode ser avaliado até o fim do ano". A estimativa do parlamentar é que a admissibilidade seja aprovada na CCJ por 38 votos a 22, sinal verde para que o debate ganhe fôlego no Congresso.
Não sufocar os estados
A proposta busca equilíbrio: fortalecer a União sem sufocar os estados. Afinal, o combate à criminalidade exige cooperação plena entre os entes federados, compartilhamento de inteligência, coordenação estratégica e investimento consistente.
Política penal robusta
A PEC da Segurança Pública é apenas o início; o País precisa de uma política penal robusta, que combine repressão qualificada, inteligência policial, controle efetivo dos presídios e uma reforma profunda no modelo de gestão carcerária.
 

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