A semana começa com o governo tendo que desatar um emaranhado de problemas que preocupam o Palácio do Planalto. “O clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, deu o recado, sem meias palavras, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciando que a urgência da proposta para derrubar a alta do IOF vai ser analisada nesta segunda-feira (16).Vitória históricaO deputado federal gaúcho Luciano Zucco (PL, foto) comemora uma “vitória histórica, da oposição contra a sanha arrecadatória do governo do PT”. Após forte pressão liderada por Zucco, líder da oposição na Câmara dos Deputados, o presidente da casa, Hugo Motta, decidiu pautar para votação o pedido de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que suspende o aumento do IOF determinado pelo governo Lula.Mais dinheiro no bolso“É menos imposto, mais dinheiro no bolso do trabalhador e um freio no avanço da inflação. A oposição mostrou que tem força e, acima de tudo, compromisso com quem produz e trabalha neste país”, festejou Luciano Zucco.Líder alerta para cortes no orçamentoO líder do governo, José Guimarães (PT-CE) avisou que “se o Congresso derrubar o decreto e não aprovar as medidas propostas pelo governo, terão novos cortes no orçamento. Se não tiver essas soluções que o ministro Haddad está apresentando, terá novos cortes e novos contingenciamentos”, alertou o petista. Medidas provisóriasJosé Guimarães deu o recado com clareza: “O corte é linear, atinge todas as despesas discricionárias, inclusive as emendas parlamentares. Portanto, a melhor solução é o diálogo”. Controle dos gastos públicosSete entidades do setor produtivo disseram que a nova medida provisória é mais um triste capítulo da postura recorrente de se optar por soluções imediatistas em vez de enfrentar o verdadeiro desafio estrutural do país, o controle dos gastos públicos.Governo recuaNo decreto, o Ministério da Fazenda recuou em parte das medidas de alta do Imposto sobre Operações Financeiras anunciadas no mês passado. No caso de operações de crédito para empresas, o imposto volta ao patamar de 0,38%.Frentes convencendo parlamentaresSão duas frentes que estão tentando convencer os parlamentares que as medidas são necessárias. Corrigir distorções ao invés de aumentar o imposto lá na ponta da linha para o consumidor, esse é o discurso adotado pela fazenda, esse é o discurso político. E o discurso técnico mostra os números e o perigo que representam. Tem a descompressão na Câmara para a liberação de emendas.Haddad pede sensibilidade aos líderesDo lado fiscal, na economia, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, pediu sensibilidade aos líderes, alertando que não adianta descarregar tudo no colo do governo; que é preciso sentar para conversar. O ministro pediu a compreensão dos parlamentares. Na verdade, com as trapalhadas do IOF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terá mais dificuldades para aprovar suas pautas no Congresso, e perdeu uma bela oportunidade de resgatar a credibilidade da equipe econômica.
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A semana começa com o governo tendo que desatar um emaranhado de problemas que preocupam o Palácio do Planalto. “O clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, deu o recado, sem meias palavras, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciando que a urgência da proposta para derrubar a alta do IOF vai ser analisada nesta segunda-feira (16).
Vitória histórica
O deputado federal gaúcho Luciano Zucco (PL, foto) comemora uma “vitória histórica, da oposição contra a sanha arrecadatória do governo do PT”. Após forte pressão liderada por Zucco, líder da oposição na Câmara dos Deputados, o presidente da casa, Hugo Motta, decidiu pautar para votação o pedido de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que suspende o aumento do IOF determinado pelo governo Lula.
Mais dinheiro no bolso
“É menos imposto, mais dinheiro no bolso do trabalhador e um freio no avanço da inflação. A oposição mostrou que tem força e, acima de tudo, compromisso com quem produz e trabalha neste país”, festejou Luciano Zucco.
Líder alerta para cortes no orçamento
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE) avisou que “se o Congresso derrubar o decreto e não aprovar as medidas propostas pelo governo, terão novos cortes no orçamento. Se não tiver essas soluções que o ministro Haddad está apresentando, terá novos cortes e novos contingenciamentos”, alertou o petista.
Medidas provisórias
José Guimarães deu o recado com clareza: “O corte é linear, atinge todas as despesas discricionárias, inclusive as emendas parlamentares. Portanto, a melhor solução é o diálogo”.
Controle dos gastos públicos
Sete entidades do setor produtivo disseram que a nova medida provisória é mais um triste capítulo da postura recorrente de se optar por soluções imediatistas em vez de enfrentar o verdadeiro desafio estrutural do país, o controle dos gastos públicos.
Governo recua
No decreto, o Ministério da Fazenda recuou em parte das medidas de alta do Imposto sobre Operações Financeiras anunciadas no mês passado. No caso de operações de crédito para empresas, o imposto volta ao patamar de 0,38%.
Frentes convencendo parlamentares
São duas frentes que estão tentando convencer os parlamentares que as medidas são necessárias. Corrigir distorções ao invés de aumentar o imposto lá na ponta da linha para o consumidor, esse é o discurso adotado pela fazenda, esse é o discurso político. E o discurso técnico mostra os números e o perigo que representam. Tem a descompressão na Câmara para a liberação de emendas.
Haddad pede sensibilidade aos líderes
Do lado fiscal, na economia, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, pediu sensibilidade aos líderes, alertando que não adianta descarregar tudo no colo do governo; que é preciso sentar para conversar. O ministro pediu a compreensão dos parlamentares. Na verdade, com as trapalhadas do IOF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terá mais dificuldades para aprovar suas pautas no Congresso, e perdeu uma bela oportunidade de resgatar a credibilidade da equipe econômica.