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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 04 de Junho de 2025 às 17:58

A força das mulheres cresce no Jornalismo

Segundo Carlos Alberto Di Franco, "o Jornalismo impresso ainda não conseguiu superar o grande impacto da disrupção digital"

Segundo Carlos Alberto Di Franco, "o Jornalismo impresso ainda não conseguiu superar o grande impacto da disrupção digital"

Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
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Nos últimos anos, a presença das mulheres no Jornalismo tem crescido de forma significativa, refletindo não apenas uma conquista de espaço, mas também uma transformação profunda na forma de fazer e pensar a Comunicação. As mulheres não são mais apenas repórteres nas ruas — hoje, elas ocupam postos de chefia, apresentam grandes telejornais, comandam redações e influenciam os rumos da mídia no Brasil e no mundo. O jornalista e professor Carlos Alberto Di Franco (foto), especialista em Jornalismo Brasileiro e Comparado, especializado em Ética para Imprensa e Qualidade Editorial, doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, avalia para a coluna Repórter Brasília, a importância da presença feminina nas redações.
Nos últimos anos, a presença das mulheres no Jornalismo tem crescido de forma significativa, refletindo não apenas uma conquista de espaço, mas também uma transformação profunda na forma de fazer e pensar a Comunicação. As mulheres não são mais apenas repórteres nas ruas — hoje, elas ocupam postos de chefia, apresentam grandes telejornais, comandam redações e influenciam os rumos da mídia no Brasil e no mundo. O jornalista e professor Carlos Alberto Di Franco (foto), especialista em Jornalismo Brasileiro e Comparado, especializado em Ética para Imprensa e Qualidade Editorial, doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, avalia para a coluna Repórter Brasília, a importância da presença feminina nas redações.
Rompendo barreiras
A presença feminina nos cargos de liderança também contribui para ambientes de trabalho mais justos e inclusivos, incentivando a equidade de gênero nas decisões editoriais e administrativas. Ao ocupar esses espaços, as mulheres rompem barreiras, inspiram novas gerações e mostram que comunicação de qualidade se faz com competência, sensibilidade e coragem; características que transcendem qualquer estereótipo de gênero. O Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, em Porto Alegre, tem uma das maiores hemerotecas da América Latina. Vale à pena conferir.
Conquista das mulheres
O professor Carlos Alberto Di Franco afirmou que "a presença de mulheres nas redações, em cargos de chefia, com poder decisório e ocupando espaços importantes na apresentação de jornais, merece ser festejada".
Humanização da informação
Na visão de Carlos Alberto Di Franco, "a inteligência emocional e a sensibilidade feminina contribuem - e muito - na humanização da informação. Mais do que os homens, são capazes de ver o rosto humano que se oculta na frieza das estatísticas".
Disrupção digital
"O Jornalismo impresso ainda não conseguiu superar o grande impacto da disrupção digital. A obsessão com as audiências, compreensível e necessária, tem sido responsável pela perda de um foco essencial: a qualidade do conteúdo. Uma legião de órfãos do Jornalismo de qualidade, clamam por um conteúdo mais analítico, profundo e reflexivo", avalia Carlos Alberto Di Franco.
Oportunidade para os jornais
Na opinião de Carlos Alberto Di Franco, "os jornais vivem uma grande crise. Mas ela esconde uma imensa oportunidade de recuperar a reportagem e ser mais seletiva. Dar menos, mas dar muito melhor, e surpreender os leitores. Hoje, creio, os jornais estão muito previsíveis e, de algum modo, reféns do teatro político e dos espasmos de Brasília. É preciso fazer um exercício de memória e autocrítica. Quem desconhece sua história corre o risco de perder o futuro", defende Di Franco.
Recuperar o cheiro de asfalto
Carlos Alberto Di Franco avalia: "O jornalismo regional, creio, tem dialogado melhor com seu público". Ele acrescenta: "é preciso recuperar o cheiro do asfalto. Sair às ruas, ver a vida real, recuperar a paixão de contar boas histórias", aconselha o professor.
 

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