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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 26 de Maio de 2025 às 00:11

Obstrução não deixa avançar pauta do Congresso Nacional

"Maioria das matérias para votar, que tem uma repercussão maior, não vai ser votada", avalia o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT)

"Maioria das matérias para votar, que tem uma repercussão maior, não vai ser votada", avalia o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT)

/Mário Agra/Câmara dos Deputados/JC
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Depois de um recesso branco de uma semana, com os deputados e senadores viajando, os presidentes da Câmara e do Senado, no exterior, aconteceu pouca coisa no Congresso Nacional no que diz respeito às votações. Só barulho. "Na semana passada, a oposição entrou em obstrução e enquanto houver obstrução, como a que vem sendo feita pela oposição, a maioria das matérias para votar, que tem uma repercussão maior, não vai ser votada", avalia o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT, foto).
Depois de um recesso branco de uma semana, com os deputados e senadores viajando, os presidentes da Câmara e do Senado, no exterior, aconteceu pouca coisa no Congresso Nacional no que diz respeito às votações. Só barulho. "Na semana passada, a oposição entrou em obstrução e enquanto houver obstrução, como a que vem sendo feita pela oposição, a maioria das matérias para votar, que tem uma repercussão maior, não vai ser votada", avalia o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT, foto).
Entendimento de lideranças
Na opinião do parlamentar, "enquanto não tiver um entendimento de lideranças sobre a pauta, não acontece muita coisa, e daqui a pouco nós estamos em junho, e logo vem o recesso". Sem rodeios, Afonso Motta disse à coluna Repórter Brasília que, "nesse momento, o que está parecendo é uma tentativa de não deixar o Congresso funcionar. Na quarta-feira, foi aprovada no Senado uma flexibilização na questão ambiental. Tudo bem, mas aí tem que vir para a Câmara e tem que ver como é que a política vai tratar esse assunto. A política, que eu digo, a de fora do Congresso".
Polarização vai impactar
O parlamentar acredita que a polarização ainda vai impactar no que diz respeito às coisas não fluírem mais facilmente. "Acho que a oposição está num grande dilema nesse momento, vamos dizer assim; o governo tem candidato, é o Lula, ninguém tem dúvida disso. Ele pode até eventualmente nem ser candidato, mas hoje é ele. A oposição tem o Bolsonaro, só que o Bolsonaro não é candidato", disse.
Candidatura cada dia mais inviável
Para Afonso Motta, "enquanto tiver esse dilema e a tentativa de manter a candidatura do Bolsonaro, que cada dia que passa ela fica mais consolidada como inviável, pouco vai acontecer. Cada dia que passa o que acontece? Tem que constituir uma outra candidatura lá na polarização", opina o pedetista.
Último suspiro
Com tudo o que está acontecendo, considera Afonso Motta, "a oposição não deixa votar, impede que as matérias mais importantes vão a plenário; é o último suspiro da candidatura do Bolsonaro. A obstrução hoje é o último suspiro do Bolsonaro, o projeto de anistia está quase morto", disparou o parlamentar. No primeiro semestre, concorda o deputado gaúcho, "está praticamente morto. Está muito difícil. Tem aí agora essa discussão, vai ter a CPI do INSS? Isso aí não é nada, não é a razão de ser do Congresso."
Candidatura sintomática
"A confirmação da candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para disputar a presidência da República, com a concordância do PSD, parece bastante sintomática. Se fosse só o Eduardo Leite falando, tudo bem. Mas o PSD aceita, ou admite a candidatura do governador gaúcho, aí a dimensão é outra", pondera Motta.
Pode viabilizar uma candidatura
Perguntado sobre o que Afonso Motta acha, o que isso pode parecer, disse o deputado: "Bom, daqui a pouco, como o Eduardo Leite fez um movimento para o PSD, e o PSD tem uma identidade também de centro-direita, daqui a pouco pode viabilizar uma candidatura do Eduardo do Leite. Além disso, "o PSD tem prefeitos, principalmente de São Paulo, e tem um líder como o Gilberto Kassab, que é esperto".
 

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