O Brasil perdeu em um ano R$ 500 bilhões com produtos falsificados, contrabandeados ou que entraram no País sem pagar impostos. Uma situação assustadora, não só pelas perdas econômicas, mas porque, segundo as autoridades, por onde passa contrabando, por onde passam essas rotas de produtos falsificados, nessas cargas vêm também muita droga, armas e munições que alimentam o crime organizado, o tráfico e as milícias.
Ameaça grave ao Brasil
O deputado federal gaúcho Luiz Carlos Busato (União Brasil, foto) disse à coluna Repórter Brasília que "o contrabando e a comercialização de produtos falsificados representam uma ameaça grave ao Brasil, não apenas do ponto de vista econômico, mas também sob a ótica da segurança pública. São perdas que afetam diretamente a nossa arrecadação de impostos, a competitividade das nossas empresas legalmente estabelecidas e o próprio desenvolvimento nacional".
Armas, munições e drogas
O parlamentar chama atenção para o fato de que, "por trás de uma simples mercadoria falsificada, como roupas, eletrônicos, medicamentos ou cigarros, esconde-se uma rede muito mais perigosa do que a gente pensa". Ele acentua que "informações da Receita Federal, da Polícia Federal, e também do Ministério Público Federal, indicam que as rotas usadas para o contrabando desses produtos também são utilizadas para transportar armas, munições e drogas".
Fortalecimento das facções criminosas
Essas organizações, aponta Busato, "se aproveitam das fronteiras frágeis da nossa Nação, da impunidade e da dificuldade de fiscalização. O resultado é o fortalecimento das facções criminosas, do tráfico, das milícias e da violência que atinge diretamente as comunidades brasileiras".
Enfrentamento à criminalidade
"Combater o contrabando e a falsificação não é apenas uma questão de proteger a indústria nacional, é também uma ação de enfrentamento à criminalidade e de preservação da segurança pública. É urgente fortalecer as políticas de fiscalização das fronteiras", indica Busato.
Modernizar mecanismo de controle
O parlamentar destaca a necessidade de "modernizar os mecanismos de controle, aplicar penas mais duras aos financiadores dessas redes, e, sobretudo, conscientizar a população sobre os riscos de consumir produtos ilegais. Cada compra no mercado informal pode parecer uma economia, mas o preço real é pago pela sociedade como um todo".
Maiores mercados
São Paulo continua sendo o maior mercado desses produtos ilegais. Em seguida estão Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás e Pará.