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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 18 de Maio de 2025 às 18:29

Produtor gaúcho penalizado novamente

Afonso Hamm, deputado federal (PP)

Afonso Hamm, deputado federal (PP)

Vinicius Loures/Câmara dos deputados/JC
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O setor agropecuário do Rio Grande do Sul enfrenta mais um duro golpe. A China anunciou a suspensão, por 60 dias, das importações de carne de frango brasileira após a confirmação de um caso isolado de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro.
O setor agropecuário do Rio Grande do Sul enfrenta mais um duro golpe. A China anunciou a suspensão, por 60 dias, das importações de carne de frango brasileira após a confirmação de um caso isolado de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro.
Situação tratada com transparência
De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a situação está sendo conduzida com transparência. A expectativa é de que a normalidade seja restabelecida entre 28 e 60 dias. O ministério reforça que não há qualquer risco para a saúde da população: "os produtos inspecionados continuam seguros para o consumo, tanto no Brasil quanto no exterior".
Maior safra com menor rentabilidade
"A maior safra da história de grãos do Brasil é uma contradição, porque a maior safra significa a menor rentabilidade e o menor lucro, do ponto de vista da conjuntura de preços e pela ausência de políticas públicas consistentes para o agro brasileiro", afirmou o deputado federal gaúcho Afonso Hamm (PP, foto).
Enchentes, secas e enxurradas
O parlamentar lembra que, "muito especialmente no nosso estado do Rio Grande do Sul, nós vivemos três secas, uma tragédia de enchentes e enxurradas, e agora mais uma seca. E com isso, o Rio Grande do Sul tem um comprometimento de safra. Ainda é uma safra razoável, mas muitos produtores perderam 50%, 90%, e alguns chegaram a perder tudo nesta última safra".
Acumulando prejuízos
Na opinião de Afonso Hamm, "por isso o governo não pode alardear produção, que naturalmente representa giro, emprego". Segundo o congressista, "isso é muito positivo, não resta dúvida, para todo o País, mas neste momento o governo brasileiro não pode virar as costas para o agro gaúcho. O agro gaúcho vem acumulando prejuízos, perdas, e o Plano Safra, o novo Plano Safra, na minha opinião, tem que contemplar o plano de safra brasileiro, um plano de socorro de safra para o Rio Grande do Sul", assinalou o parlamentar.
Bom pagador
Afonso Hamm acentua: "só nós gaúchos geramos 70% do arroz produzido e consumido no Brasil. Então representa o abastecimento só num produto estratégico". O deputado argumenta: "o nosso agricultor, o nosso produtor que hoje é diversificado, ele não tem como seguir adiante se ele não tiver essa política de suporte, que é o alongamento das dívidas. Não se trata de não pagar dívidas, e, aliás, o governador Eduardo Leite mostrou, num estudo, que o gaúcho, o produtor gaúcho, o agricultor gaúcho, é o que tem a menor inadimplência em relação à securitização, em relação aos compromissos assumidos".
Maior safra da história do Brasil
Por outro lado, a produção de grãos no Brasil vai bem. A Companhia Nacional de Abastecimento aumentou a previsão da safra de grãos de 2024/2025 de 330,3 milhões de toneladas para 332,9 milhões de toneladas. O crescimento da área plantada e o ganho de produtividade explicam essa melhora. Se a projeção se confirmar, vai ser a maior safra da história do Brasil.
 

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