Como já vem acontecendo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desenvolve seu plano de reforma ministerial por etapas. Se de um lado essa prática permite uma avaliação maior dos possíveis nomes a serem indicados, por outro, cria uma certa insegurança para os partidos da base que pretendem ocupar cadeiras na Esplanada dos Ministérios.
Prioridade é a Comunicação
A primeira mudança que levou o publicitário Sidônio Palmeira a substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social, onde enfrenta os desafios que se apresentam a cada dia, leva uma nova roupagem à visibilidade do governo. A todo momento surgem nomes para ocupar os cargos nos ministérios em que o presidente Lula pretende mudar seus titulares. Agora, a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é apresentada para o cargo da Secretaria-Geral da Presidência. Hoje o titular é Márcio Macêdo (foto).
Companheiros do 'fogo amigo'
Enquanto isso, o ministro Márcio Macêdo estabeleceu uma série de medidas que ele pretende implementar dentro do cargo, até o final do ano, para a COP30, que vai acontecer em novembro em Belém do Pará. Mesmo estando na linha de tiro da reforma ministerial, com vários companheiros do "fogo amigo" querendo assumir o cargo, o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República vai cumprindo sua proposta de trabalho.
Avanço das fake news
Em entrevista à EBC, Márcio Macêdo, além dele falar das ações de movimentos sociais, ele também fez algumas críticas como, por exemplo, o avanço das fake news. Disse que trilionários do mundo resolveram financiar a extrema-direita e criticou as big techs, apontando que há uma linha muito tênue entre a verdade e a mentira nas redes sociais.
Comunicação do governo
Márcio Macêdo falou da tarefa de melhorar a comunicação do governo, destacando que isso é função de todos, e não apenas do novo ministro da Secretaria de Comunicação. A primeira troca dessa reforma ministerial foi feita por Lula na Comunicação, exatamente para tentar melhorar a popularidade do presidente antes das eleições de 2026.
Cobranças se intensificaram
O governo tem sido cobrado a melhorar a comunicação. Depois da pesquisa Quaest, que aponta o avanço da desaprovação de Lula, as cobranças se intensificaram, e o presidente quer todos em campo para reverter essa incômoda situação, antes de 2026.
Ajuntamento de 'delinquentes'
Na entrevista desta terça-feira, Márcio Macêdo exaltou a democracia em uma referência ao "plano de golpe" que foi orquestrado por militares e outros, que está sendo investigado pela Polícia Federal. Disse que "o Brasil conviveu com um ajuntamento de delinquentes que queriam se perpetuar no poder e atentaram contra o povo". Ele defendeu a punição de todos eles e listou algumas ações que o governo "tem feito no combate, principalmente, à desinformação e às notícias falsas".
PT e Centrão garimpando
A expectativa é saber se o ministro Márcio Macêdo continua no comando da Secretaria-Geral da Presidência da República ou dará lugar a outro indicado do PT, ou até mesmo do Centrão, nesta reforma com foco em 2026.