O presidente empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, foi conduzido ao cargo ontem, reafirmando o protecionismo e ameaças de taxação de importações, promessas de toda sua campanha presidencial. A ex-senadora Ana Amélia Lemos (foto, PSD), avalia o retorno de Trump à Casa Branca e comenta: "amigos, amigos, negócios à parte".
No Radar de Trump
Especialistas estimam que o principal desafio do governo Lula será posicionar o País em relação às ameaças de Trump que afetam o Brasil, ainda que a China deva ser o principal alvo do segundo mandato do republicano. Os demais países do Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, deverão estar no radar do novo governo americano. Com a China, Trump trava uma guerra comercial de muito tempo na disputa para definir quem vai ser a grande potência global.
Protecionismo mais duro
Trump deu o recado sem rodeios: vai adotar um protecionismo ainda mais duro. Na política comercial podem ser impostas tarifas universais sobre importações, além de reciprocidade em relação a tarifas colocadas por outros países sobre produtos norte-americanos.
Imigração ilegal
O combate à imigração ilegal esteve no centro da campanha do republicano, que promete realizar a maior deportação da história do país já a partir de hoje. Vivem nos EUA atualmente mais de 200 mil brasileiros. Pesquisadores estimam, no entanto, que Trump vai ter dificuldades em cumprir essa promessa, considerando a importância da mão de obra estrangeira para os Estados Unidos.
Sem afinidade com o PT de Lula
A ex-senadora gaúcha, Ana Amélia Lemos, disse à coluna Repórter Brasília "que estava em Washington na primeira viagem do Lula 1, quando ele se encontrou com George W. Bush, do Partido Republicano, que não tem nenhuma afinidade com o PT de Lula. O PT tem uma relação ideológica maior com os democratas". Naquele momento, lembrou Ana Amélia, "Lula chamava Bush de companheiro, porque havia contencioso comercial, especialmente na área do agro, que era laranja e suco de laranja".
Exportação de laranja
Ana Amélia afirmou: "nesse ano, a Flórida, que é o maior produtor de laranja dos Estados Unidos, tinha um contencioso comercial com o Brasil exatamente por conta do suco de laranja".
Fim da produção de laranja
A questão do contencioso continua. A despeito disso, os Estados Unidos, agora, acabam de anunciar o fim da produção de laranja, porque não têm capacidade de competir com a produção brasileira. O Brasil, sendo um dos maiores produtores e exportadores de suco de laranja do mundo, "vem ampliando, ao longo do tempo, a nossa presença comercial na área do agro, com uma evolução".
Parceiros comerciais
Na opinião de Ana Amélia, "a relação política ou diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos continua dentro da institucionalidade de dois países que são grandes parceiros comerciais. Os Estados Unidos não têm capacidade de competir com a produção brasileira".