O ano termina com o Supremo Tribunal Federal (foto) tendo uma série de temas complicados para julgar em 2025 que repercutem diretamente na vida política do País, sob protesto do Congresso Nacional, com implicações no próprio governo. A decisão do ministro Flávio Dino de suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas ao orçamento, que é o ponto central da crise nesta última semana, causou surpresa e irritação entre os parlamentares. A decisão foi chancelada por unanimidade na corte.
Eleições no Parlamento
Em meio a isso, um agravante para as tomadas de decisões. Em fevereiro acontecem as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, que apesar de não ser uma disputa acirrada, pois os candidatos, mediante acordos, já estão praticamente definidos: Hugo Motta (Republicanos-PR) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o clima eleitoral no Congresso Nacional deve esquentar. É poder e cargos que estarão em jogo.
Orçamento e trama golpista
O Supremo tem dois processos que ainda vão render muita discussão em 2025: emendas ao orçamento e processo da trama golpista. Sem dúvida, a trama golpista ainda vai proporcionar muitos debates e argumentos jurídicos com os inquéritos em andamento. A cada dia surgem novos fatos intrigantes. Várias prisões continuam acontecendo, e a expectativa é que alguém resolva falar.
Destino dos acusados
Analistas preveem ainda batalhas jurídicas em torno do destino dos acusados, principalmente, do general Braga Netto, preso e que trocou inclusive de advogado. A defesa, na última semana, entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva com uma cobrança mais forte, diferente do que vinha ocorrendo até agora. Classificou a prisão de desconectada da realidade, ilógica e sem base.
Pressão ao procurador-geral
Com isso, volta a se elevar o tom do embate com o objetivo de pressionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) a se manifestar contra a prisão preventiva. Parece que não funcionou muito. Já durante o feriado de Natal, o procurador Paulo Gonet se manifestou contrário, e tudo indica que não será nada fácil mudar a posição do PGR.