Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Novembro de 2023 às 01:25

Uso de novas tecnologias nas escolas preocupa

Ministro da Educação, Camilo Santana, analisa excesso do uso de tecnologia nas escolas

Ministro da Educação, Camilo Santana, analisa excesso do uso de tecnologia nas escolas


Luis Fortes/MEC/Divulgação/JC
A utilização exagerada de novas tecnologias preocupa escolas da França, e faz com que governos de países europeus tomem medidas em defesa de crianças e adolescentes contra os efeitos nocivos causados pelo uso excessivo de tecnologias no desempenho escolar.
A utilização exagerada de novas tecnologias preocupa escolas da França, e faz com que governos de países europeus tomem medidas em defesa de crianças e adolescentes contra os efeitos nocivos causados pelo uso excessivo de tecnologias no desempenho escolar.
Catástrofe na educação
O alerta é geral, diante da ameaça de uma catástrofe na saúde e na educação, por causa da dependência de tablets e smartphones, que vêm substituindo os livros nas escolas.
Dificuldades para ler e escrever
Uma pesquisa assustou as autoridades francesas. Os dados revelaram que alunos no equivalente ao sétimo ano, no Brasil, na faixa dos 12 anos, têm graves problemas com aprendizado da língua, principalmente para a leitura, conta Daniele Franco, da Rádio França. "Os alunos estão chegando na sétima série sem saber escrever direito, com muita dificuldade também em Matemática. Mais da metade dos alunos da sétima série não consegue fazer contas básicas."
Mobilização geral
Esses sintomas são todos atribuídos ao uso excessivo das novas tecnologias na infância. O ministro da Educação brasileiro pediu uma mobilização coletiva das famílias, dos educadores e da sociedade em geral contra o uso excessivo de smartphones, de tablets, de laptops e de suporte tecnológico para "evitar uma catástrofe na saúde e na educação das crianças".
Evitar o pior
No Brasil, ainda há tempo para que o ministro da Educação, Camilo Santana (foto), avalie e e vá mais fundo na análise do excesso de tecnologia nas escolas. Antes que a situação se agrave ainda mais, o Ministério da Educação e o Congresso Nacional precisam buscar os melhores caminhos para evitar um futuro desastroso nos rumos da educação brasileira.
A volta ao uso dos livros
"Na Europa, como no mundo inteiro, há muitos países indo na mesma direção que a França, "se dando conta, um pouco tardiamente, que uma educação 100% digital não é uma boa ideia. A Suécia é um caso emblemático. Foi um dos primeiro países a investir na digitalização do ensino, era um dos países europeus que mais usava as novas tecnologias em sala de aula, só que desde o início do ano letivo, no segundo semestre, a Suécia tem investido numa nova estratégia, a volta ao uso dos livros."
Dificuldades para escrever
Uma pesquisa que foi feita no ano passado mostrou que 20% dos alunos não conseguem mais escrever com a mão, porque não existe mais essa prática. Na sala de aula, o nível de leitura das crianças e adolescentes também está caindo a cada ano.
Adaptar ao progresso
O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL) acredita que "a rede social, a internet, isso é irreversível". Na opinião do parlamentar, "o que vai acontecer, como dizia o naturalista britânico Charles Darwin, quem vence não é o mais forte sobre o mais fraco, quem vence é quem se adapta. Vão ter que se adaptar ao progresso do mundo".