O percentual de jovens entre 18 e 24 anos que nem estudam e nem trabalham no Brasil é de 24,4%. Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a taxa é de 14,7%: o que significa que o índice no País é quase 10 pontos percentuais maior.
Investimentos menores
O investimento em educação no Brasil também é quase 10 vezes menor. Apenas 11% dos alunos estão matriculados no Ensino Médio Profissionalizante, taxa três vezes menor, se comparada aos outros países analisados.
Jovens abandonam a escola
Na avaliação do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, presidente do Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários, "existe um quadro, hoje, no Brasil, principalmente pela desistência desses jovens que abandonam, por uma série de razões, o segundo grau (Ensino Médio). Essa questão da evasão escolar é um dos problemas que leva a esse crescimento dos jovens que não estudam e nem trabalham".
Mercado de trabalho
No entendimento de Germano Rigotto, a evasão do jovem acontece porque, "primeiro, param de estudar; e segundo, têm mais dificuldades de entrar no mercado de trabalho. A forma de reduzir a evasão escolar é aumentar aquilo que o Ensino Médio prevê, que é o Ensino Profissionalizante; aumentar o número de alunos nessa etapa, preparar o aluno para entrar mais fortemente no mercado de trabalho e aumentar o número de escolas em tempo integral".
Importância do Sistema S
São movimentos importantes para enfrentamento desta realidade, acentua Rigotto, "diminuir a evasão, aumentar o número de escolas em tempo integral e caminhar na direção daquilo que prevê a reforma do Ensino Médio, que é o fortalecimento do Ensino Profissionalizante. O Ensino Profissionalizante, além de preparar para o mercado de trabalho, tem que haver integração entre a União, estados e municípios". O ex-governador destacou que o Sistema S tem papel fundamental nessa integração.
Espera por vagas nas escolas
O projeto que obriga prefeituras, estados e governo federal a divulgarem a lista de espera por vagas nas escolas do Ensino Básico, inclusive creches, seguiu para sanção presidencial e pode virar lei. A relatora, deputada federal gaúcha Daiana Santos (PCdoB, foto), recomendou a rejeição da emenda por significar mais burocracia na divulgação da lista. Essa lista deverá ser elaborada por ordem de colocação e, sempre que possível, por unidade escolar, devendo ser divulgados ainda os critérios para sua elaboração.
Sem necessidade de lei
Para o deputado Gilson Marques (Novo-SC), "a divulgação da lista de espera das escolas já deveria ser obrigatória sem a necessidade de uma lei. Este projeto obriga o que deveria ser feito, independentemente da obrigação. É o básico".
Origem humilde
O deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL) critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por afirmar que "a maioria dos parlamentares não possui sensibilidade quanto à realidade do povo brasileiro, já que não tiveram origens humildes".


Facebook
Google
Twitter