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Repórter Brasília

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- Publicada em 29 de Maio de 2023 às 20:00

Cresce inadimplência entre idosos

Paulo Paim (PT-RS)

Paulo Paim (PT-RS)


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/JC
Cresce em ritmo acelerado a inadimplência entre os idosos. O número de pessoas com mais de 60 anos inadimplentes, aumentou significativamente nos últimos quatro anos. Só entre abril de 2019 e abril deste ano, o número de pessoas em dificuldades financeiras nessa faixa etária, no País, aumentou 34,7%; enquanto a média da população avançou 12,9%, apontam dados da Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras. O contingente de inadimplentes com mais de 60 anos de idade teve esse aumento em consequência da inflação acima da meta, juros altos e atividade econômica fraca. Sem dinheiro, muitos aposentados não conseguem quitar contas básicas, como água e energia elétrica, além da impossibilidade da compra de medicamentos, que estão cada vez mais caros.
Cresce em ritmo acelerado a inadimplência entre os idosos. O número de pessoas com mais de 60 anos inadimplentes, aumentou significativamente nos últimos quatro anos. Só entre abril de 2019 e abril deste ano, o número de pessoas em dificuldades financeiras nessa faixa etária, no País, aumentou 34,7%; enquanto a média da população avançou 12,9%, apontam dados da Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras. O contingente de inadimplentes com mais de 60 anos de idade teve esse aumento em consequência da inflação acima da meta, juros altos e atividade econômica fraca. Sem dinheiro, muitos aposentados não conseguem quitar contas básicas, como água e energia elétrica, além da impossibilidade da compra de medicamentos, que estão cada vez mais caros.
Paim avalia a difícil situação do idoso
O senador gaúcho Paulo Paim (PT, foto), que há mais de 20 anos trata de perto o problema do idoso no Brasil, fez ao Repórter Brasília, um balanço da situação dos idosos hoje. "O problema com os idosos vem se acumulando há algum tempo. No passado, o idoso recebia o mesmo percentual que era dado ao salário-mínimo. Já faz uns 20 anos que ele não recebe mais. No salário tem a inflação mais o PIB; no governo (Jair) Bolsonaro (PL) caiu, e agora voltou, e os idosos continuam ganhando somente a inflação, ou seja, o poder de compra do salário-mínimo a partir do momento que ele vai melhorando, para o idoso não melhora nada".
Salário mais decente
Paim classifica a situação como delicada. Cresce um movimento na Câmara, para, baseado no projeto do senador gaúcho, criar uma política que garanta um salário mais decente para o idoso. Mas para isso acontecer, argumenta Paim, considerado o parlamentar que mais entende de previdência no Congresso Nacional, "a previdência tem que ter recursos".
Discriminação do idoso
O senador enfatiza que a discriminação do idoso no mercado de trabalho é muito grande. "Chega numa idade de 60 anos, e passa a ter uma dificuldade enorme no mercado de trabalho, e a aposentadoria é depois dos 65 anos, aí tudo complica". Na opinião de Paulo Paim, "com a robótica, com a cibernética, agora, com a inteligência artificial, a uberização, cada vez mais, menos gente paga a previdência".
Farmácias populares
"Remédios não tem jeito. Não adianta o pessoal vir com historinha para cá e para lá", disse Paulo Paim, acrescentando. "Tem que fortalecer cada vez mais as farmácias populares, temos que ter farmácia popular em todo o Brasil".
Incentivam o idoso a cair no precipício
Para o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PL), "o problema é também que o idoso está num endividamento extremo. Financiamentos para idosos que são uma exploração, com desconto em folha, incentivam o idoso a cair no precipício. No Brasil, não se respeita o idoso".
Disputa de acusações
O novo Congresso está em campo. É hora dos parlamentares e do próprio governo pararem de discutir eleições e, "disputar" uma competição de acusações, para ver quem bate mais, e se preocupar, principalmente, em buscar uma solução para o grave problema que o idoso enfrenta no País, seja qual for o governo. A população idosa cresce a cada dia no Brasil, pensem nisso... senhores e nenhoras congressistas.