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Repórter Brasília

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- Publicada em 24 de Maio de 2023 às 21:05

Cresce consumo de vinho no Brasil

Afonso Hamm (PP-RS)

Afonso Hamm (PP-RS)


Eduardo Corcino/divulgação/jc
Com uma carga tributária muito menor, os vinhos importados, principalmente da Argentina e do Chile, entram com força e ampliam seu espaço no mercado brasileiro. O presidente da frente parlamentar da uva, vinho, espumantes, sucos e derivados, na cadeia produtiva da uva, deputado federal gaúcho Afonso Hamm (PP), que finaliza assinaturas para reinstalar o grupo na Câmara, disse ao Repórter Brasília que "hoje, em cada dez garrafas de vinhos finos consumidos no Brasil, nove são importados".
Com uma carga tributária muito menor, os vinhos importados, principalmente da Argentina e do Chile, entram com força e ampliam seu espaço no mercado brasileiro. O presidente da frente parlamentar da uva, vinho, espumantes, sucos e derivados, na cadeia produtiva da uva, deputado federal gaúcho Afonso Hamm (PP), que finaliza assinaturas para reinstalar o grupo na Câmara, disse ao Repórter Brasília que "hoje, em cada dez garrafas de vinhos finos consumidos no Brasil, nove são importados".
Dobra o número de consumidores
A boa notícia, comemora o parlamentar, "é que houve um incremento de consumo de vinho no país, e nos últimos dez anos nós dobramos o número de consumidores de vinhos no Brasil". Outro ponto positivo, argumenta Hamm, também está aumentando o consumo per capita por habitante no país. "Estamos com 45 milhões, 50 milhões de consumidores de vinho, um belo potencial de consumo; então está havendo espaço para o vinho nacional e para o vinho importado."
Importados com menos tributos
O problema, aponta o deputado Afonso Hamm, "é que nos vinhos do Mercosul com a alíquota zero, há uma carga tributária muito inferior à nossa. A carga tributária no Brasil está na faixa de 52%, e a carga tributária deles está na faixa de 20% a 25%. Então, temos o dobro de carga tributária. Com a alíquota zero do Mercosul, que na importação não tem alíquota, eles acabam sendo favorecidos. É desigual a competição, porque a gente busca uma capacidade competitiva".
Redução do IPI
"A redução da carga tributária é o caminho para que possamos competir em igualdade no mercado. No que diz respeito à qualidade, o vinho brasileiro hoje está pronto para competir em qualquer mercado", atesta Afonso Hamm (foto). O congressista pontua que "as vinícolas que têm um faturamento de R$ 4,8 milhões hoje tributam pelo simples, aí elas tiveram uma carga de redução média de 25% a 30%, mas as grandes vinícolas não foram inseridas. Então, temos um espaço para trabalhar, que é a redução de IPI, que é sobre o produto extraído".
Reforma tributária
A reforma tributária pode viabilizar uma solução para o problema. Afonso Hamm explicou que o setor, através do presidente da Uvibra, Daniel Panizzi, e de Adriano Miolo, duas lideranças do setor, fará uma reunião com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, para expor as dificuldades do excesso de tributação que o setor enfrenta. "Já fiz contato, vamos definir a agenda para apresentar a situação a fim de que não haja surpresas no texto da reforma tributária. As lideranças do setor de uvas e vinhos, juntamente com a frente parlamentar, vêm fazendo reuniões no Congresso e no governo em busca de viabilizar um caminho que deixe o produto brasileiro no mesmo nível de competitividade que os demais produtos oriundos dos países do Mercosul e do Chile".
Vinho da Patagônia Argentina
Em evento realizado em São Paulo, esta semana, foram apresentadas aos brasileiros as principais vinícolas da região da Patagônia Argentina, Extremo-Sul da América Latina, que é referência no mercado do vinho. Uma das maiores vinícolas da Patagônia, responsável por 25% de toda a produção da região, tem o Brasil como principal destino de exportação. São 15 mil caixas ao ano. A meta é aumentar para 40 mil.