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Repórter Brasília

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- Publicada em 22 de Maio de 2023 às 20:00

Excesso de CPIs pode atrapalhar

Tenente-Coronel Zucco

Tenente-Coronel Zucco


câmara dos deputados/divulgação/jc
Em menos de cinco meses completos de trabalho, o governo Lula enfrenta uma saraivada de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que preocupa o Palácio do Planalto e a base aliada. Em poucos dias, três CPIs foram instaladas na Câmara dos Deputados. A que tem maior poder de fogo para atrapalhar o governo, segundo analistas políticos, é a chamada CPI do MST, que investiga as invasões de terras promovidas pelo Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde o início de 2023.
Em menos de cinco meses completos de trabalho, o governo Lula enfrenta uma saraivada de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que preocupa o Palácio do Planalto e a base aliada. Em poucos dias, três CPIs foram instaladas na Câmara dos Deputados. A que tem maior poder de fogo para atrapalhar o governo, segundo analistas políticos, é a chamada CPI do MST, que investiga as invasões de terras promovidas pelo Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde o início de 2023.
Lula abriu a guarda
Na avaliação de parlamentares, ao associar seu governo ao MST, Lula abriu a guarda para ser atacado com força por essa CPI, que tem à frente o deputado bolsonarista gaúcho coronel Zucco (REP, foto), na presidência, e como relator, o deputado, também bolsonarista, de São Paulo, o polêmico ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL).
CPIs, apostas esportivas e atos golpistas
Outras duas CPIs abrem espaço para um debate intenso: o rombo milionário nas Lojas Americanas e a que investigará as fraudes envolvendo as apostas esportivas. Isso, sem falar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, que só não tem maior velocidade no Congresso Nacional porque a cada momento surgem fatos novos para serem investigados, e tanto governo quanto oposição não estão ainda tão certos dos rumos que a CPMI pode tomar. Há um temor que pode sobrar para todo mundo. Por isso, por razões diferentes, tanto o Planalto quanto os oposicionistas não estão tão entusiasmados em levá-la adiante.
Fraudes em apostas esportivas
A CPI das fraudes das apostas esportivas aquece um debate a cada dia, que está deixando muita gente sem dormir. O especialista e CEO da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Cardia, que representa 13 destas empresas que atuam nesse cenário no Brasil, de casas de apostas, afirmou em entrevista, que "as organizações têm mecanismos internos para identificar apostas suspeitas como essas que estão sendo denunciadas, mas não tem como ter certeza num primeiro momento, tem que criar um padrão das apostas que estão sendo feitas ao longo do período".
Número pequeno
O executivo alerta que "esses malfeitores, esses malandros, que fazem as apostas, sabem como passar pelo crivo de alguma maneira, atuando em várias casas de apostas ao mesmo templo". Wesley Cardia destacou que não há como ter um percentual do número de apostas suspeitas, mas acentuou que o número é muito pequeno. "A grande maioria das apostas é feita corretamente, mas enquanto não houver uma regulamentação, há uma série de coisas que a gente não consegue controlar."
Controle do governo
A regulamentação trará informações de como o governo exercerá esse controle, seja através de um controle forte através do Banco Central ou da Receita Federal. "Hoje um fraudador pode fazer a aposta que achar interessante em 100 casas ao mesmo tempo. Existem cerca de 3 mil empresas que não têm nenhum interesse de que seja feita a regulamentação, que sejam exercidos os controles, por isso, que a regulamentação é fundamental. É uma hipocrisia da sociedade dizer que no Brasil não tem jogo legal. Legal ele já é desde 2018, quando foi editada a lei, só falta a regulamentação", acentuou Wesley Cardia.