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Repórter Brasília

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- Publicada em 16 de Março de 2023 às 20:16

Bolsonaro divide holofotes de Lula

Ministro da Justiça Flávio Dino

Ministro da Justiça Flávio Dino


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
Perto de completar 100 dias de governo, na primeira semana de abril, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua dividindo os holofotes de algumas de suas medidas com as confusões da gestão anterior, que surgem com frequência e fartura.
Perto de completar 100 dias de governo, na primeira semana de abril, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua dividindo os holofotes de algumas de suas medidas com as confusões da gestão anterior, que surgem com frequência e fartura.
Brasileiros na mira da Abin
Em plena ebulição das milionárias joias das arábias, surge outro petardo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deverá continuar ocupando bom espaço da mídia nos próximos dias. Trata-se da denúncia do jornal O Globo de que durante os três primeiros anos de mandato do então presidente, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) usou ferramenta, sem qualquer ato oficial, que permitia monitorar as andanças de até 10 mil brasileiros, proprietários de celulares.
Ato grave e perigoso
Com que objetivo essa investigação ocorreu? Atender a interesses de um Estado policialesco do governo ou investigação de adversários do ex-presidente? Ato gravíssimo e perigoso deste órgão oficial ficar bisbilhotando as rotinas de contribuintes, um caso altamente suspeito e que só se tem notícias nas investigações secretas da época da ditadura, quando os militares buscavam descobrir o esconderijo de "comunistas".
Dino quer PF investigando
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB, foto), determinou que a Polícia Federal (PF) abra inquérito para investigar o uso de um sistema secreto de monitoramento de pessoas, de maneira ilegal, pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro.
Investigação do TCU
Para esclarecer, o Ministério Público solicitou que o Tribunal de Contas da União (TCU) abra uma investigação sobre a compra do tal sistema usado para monitorar a localização e andanças de brasileiros. "Considero que o acesso indevido à localização e movimentação de cidadãos, sem qualquer motivação oficial devidamente registrada, pode se prestar apenas a atender um eventual interesse pessoal de agentes e autoridades, caracterizando flagrante desvio de finalidade, uma vez que utiliza-se indevidamente de recursos e ferramentas de trabalho e tratamento de informações no intuito de, supostamente, atender interesses privados", disse o subprocurador-geral, Lucas Furtado, que apresentou a representação ao tribunal.
'Sem lugar para se esconder'
Esse episódio tupiniquim lembra a vigilância ilimitada da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, que espionava em larga escala as comunicações domésticas e a de outros países, os aliados, inclusive. A série de denúncias está no livro "Sem lugar para se esconder", do jornalista Glenn Greenwald, com base em documentos e depoimento de Edward Snowden, que trabalhava na NSA. A leitura é oportuna e, tristemente, como no caso brasileiro, baseada em fatos reais.