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Coluna

- Publicada em 27 de Outubro de 2011 às 00:00

Dinheiro não gasto


Jornal do Comércio
O Rio Grande do Sul não está aplicando o dinheiro que recebe da União. Dos R$ 305,6 milhões previstos no orçamento geral da União para 2011, o Estado aplicou apenas R$ 79,8 milhões, ou 26% do total.
O Rio Grande do Sul não está aplicando o dinheiro que recebe da União. Dos R$ 305,6 milhões previstos no orçamento geral da União para 2011, o Estado aplicou apenas R$ 79,8 milhões, ou 26% do total.
Além disso, dos R$ 3,5 bilhões de despesas correntes do governo federal aplicados no Estado, apenas R$ 2,8 bilhões foram executados. E nos demais investimentos, foi executado R$ 1,1 bilhão dos R$ 2,75 bilhões previstos.
Mas segundo o secretário extraordinário do Gabinete de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Ronaldo Teixeira (PT), conhecido como Professor Nado, não há nada a temer.
“Pela experiência que eu tenho, é natural que as liberações se deem mais aceleradamente agora no final do ano.”
Nado, que faz a ponte entre os governos federal e estadual, explica que a execução dos recursos está baixa porque ainda estão realizando os trâmites para começar os investimentos.
“O orçamento considerado empenhado está completamente comprometido. No caso, esses recursos não executados podem até virar restos a pagar.”
Cobrando posições
Enquanto isso, deputados estaduais estão vindo a Brasília para pressionar o presidente da Câmara a colocar em votação a divisão dos royalties. Um deles é Altemir Tortelli (foto), do PT, que está otimista. “Já tem uma sinalização concreta do governo federal em abrir parte do retorno que iria para a União e acho que estamos avançando para um bom equilíbrio. Ainda há uma concentração maior nos estados produtores, mas acredito que pelos últimos acontecimentos, pelas conversas que eu tive com os líderes e com o presidente Marco Maia (PT), nós temos condições de obter um resultado muito melhor do que o que esperávamos alguns meses atrás.” Outro deputado estadual que veio trazer a posição dos gaúchos foi Ronaldo Santini (PTB). “Viemos trazer a posição da Assembleia Legislativa, que pede uma distribuição mais equânime, que não privilegie os estados ditos produtores.”
Saga dos royalties
A saga da divisão dos royalties ainda não acabou. A votação do projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na Câmara dos Deputados foi remarcada para a segunda semana de novembro, mas a data depende de acordo de líderes. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT), quer votar o mesmo projeto que veio do Senado, mas há vozes na Câmara querendo fazer um projeto novo, com apenas algumas modificações no texto de Vital do Rêgo.
Todo mês em Brasília
O prefeito de Erechim, Paulo Pólis (PT), é um exemplo da dificuldade dos municípios em conseguir verbas do governo federal. Ele vem a Brasília todo mês garimpar emendas parlamentares e programas do governo. Na mais recente, conseguiu a liberação de duas emendas: uma de R$ 1 milhão do presidente da Câmara, Marco Maia, e outra de R$ 300 mil da deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB). “Quando pedimos, já temos o projeto pronto”, conta. O problema é que Erechim é relativamente grande, quase 100 mil habitantes. “Emenda de R$ 500 mil não resolve, tenho que ir atrás de programas do governo.” Pólis resume o motivo das viagens: “Ir a Brasília é o melhor investimento, é onde está o grosso do dinheiro”.
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