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Publicada em 26 de Setembro de 2025 às 00:25

Mutirão é a palavra lema da COP30, a Conferência do Clima no Brasil

Evento da presidência da COP30 em Bonn, na Alemanha, em junho de 2025

Evento da presidência da COP30 em Bonn, na Alemanha, em junho de 2025

/Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR/Divulgação/JC
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Bruna Suptitz
Bruna Suptitz
“Mutirão” é a palavra que a Presidência da COP30, a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Clima, escolheu como lema. A ideia é chamar a comunidade internacional “a construir, juntos, um grande mutirão global pela ação climática”. Há três décadas os países se reúnem anualmente para debater o aquecimento global e as mudanças que isso provoca no clima. Em 2025, pela primeira vez o encontro será no Brasil. A COP30 será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém do Pará.
“Mutirão” é a palavra que a Presidência da COP30, a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Clima, escolheu como lema. A ideia é chamar a comunidade internacional “a construir, juntos, um grande mutirão global pela ação climática”. Há três décadas os países se reúnem anualmente para debater o aquecimento global e as mudanças que isso provoca no clima. Em 2025, pela primeira vez o encontro será no Brasil. A COP30 será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém do Pará.

Raiz indígena

De origem tupi-guarani, o mutirão remete ao conceito do trabalho comum, em conjunto, coletivo. A ideia, de acordo com a Presidência da COP30, é mostrar que “governos, movimentos sociais, juventudes, povos originários, comunidades tradicionais, setor privado, academia e sociedade civil — todos têm um papel essencial neste movimento coletivo que ultrapassa fronteiras e conecta territórios”. Será uma oportunidade para apresentar ao mundo as soluções locais rumo a um planeta mais sustentável.

Global e local

Assim como propaga o slogan da sustentabilidade, se a crise climática é uma realidade global, a solução (também) está onde nós estamos: “pensar global, agir local”.

Decisão humana

“Não existem desastres naturais” foi a chamada de uma publicação da ONU Brasil nas redes sociais, no início da semana. O argumento é que fenômenos climáticos intensos só se tornam desastres quando as pessoas estão desprotegidas e expostas aos riscos. Segundo a publicação, “ao chamar os desastres de ‘naturais’, ignoramos as decisões humanas que os causam e as ações que podemos tomar para evitá-los”.
Embora não tenha citação direta às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, as fotos usadas são de cidades gaúchas no período da tragédia, como esta em Eldorado do Sul.
Porto Alegre (RS), 20/06/2024 - Locais alagados pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil | Bruno Peres/Agência Brasil/JC
Porto Alegre (RS), 20/06/2024 - Locais alagados pela enchente no município de Eldorado do Sul. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil Bruno Peres/Agência Brasil/JC
A publicação, assinada pelo Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, faz também um apelo econômico: cada dólar investido para tornar infraestruturas resistentes a desastres nos países em desenvolvimento leva a uma economia de 4 dólares em impactos econômicos reduzidos.

Memória

Referência mundial em planejamento urbano ecológico e na divulgação do conceito de “cidades-esponja”, o arquiteto e urbanista chinês Kongjian Yu foi uma das quatro vítimas de um acidente aéreo ocorrido na terça-feira na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Autoridades, personalidades, portais científicos, entidades e universidades ligados à pauta urbana e ambiental no Brasil e no mundo manifestaram pesar pela morte do profissional.
No início do mês, Kongjian Yu palestrou na abertura da Conferência Internacional de Arquitetura e Urbanismo, realizada pelo Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo (CAU) em Brasília. Na semana passada, a palestra foi na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, promovida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no Estado (IAB/SP).

Nova coluna

O Jornal do Comércio retoma nesta sexta-feira a publicação da coluna Ideias sustentáveis, vinculada à coluna Pensar a cidade e que já havia circulado entre 2022 e 2023. Ideias sustentáveis são aquelas que carregam o tripé da sustentabilidade: preservação ambiental, justiça social e viabilidade econômica. A proposta é apresentar conteúdos com essa temática, especialmente quando relacionada às cidades.

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