Nos dois dias que antecederam o feriado do Dia do Trabalhador, a prefeitura de Porto Alegre realizou a etapa municipal da Conferência das Cidades, instância de debate que responde à convocatória nacional do Ministério das Cidades e a partir da qual serão definidas as diretrizes para a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. Na Capital gaúcha foram aprovadas 12 propostas que serão encaminhadas para a etapa estadual, marcada para acontecer nos dias 29, 30 e 31 de agosto, e eleitos 78 delegados que representarão Porto Alegre.
Diferente do que prevê o regimento interno e a convocatória da Conferência Nacional, a realização do evento em Porto Alegre foi da Secretaria Municipal de Governança Cidadã e Desenvolvimento Rural (Smgov), e não da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), órgão responsável pela à política de desenvolvimento urbano.
Germano Bremm, titular da Smamus, disse à Coluna que "se compreendeu que, pela vertente à veia participativa da Secretaria de Governança, (que trata) do Orçamento Participativo, teria condição melhor de incluir a população neste processo do que uma secretaria mais técnica como a nossa, que trata do tema". Também em resposta à Coluna, Cássio Trogilto, titular da Smgov, informou que a demanda da conferência surgiu a partir do Orçamento Participativo, motivo pelo qual a Pasta assumiu a organização do evento.
As propostas aprovadas correspondem a cinco eixos temáticos: Regularização Fundiária, Habitação e Saneamento (quatro); Sustentabilidade Ambiental e Emergência Climática (duas); Mobilidade Urbana (duas); Governança Colaborativa e Participação Cidadã (duas); Desenvolvimento Econômico, Inovação com Justiça Social (duas).
Os delegados eleitos para a Conferência Estadual representam os seguintes segmentos: Gestores, administradores públicos e legislativos (27); Movimentos populares (26); Trabalhadores, por suas entidades sindicais (quatro); Empresários relacionados à produção e financiamento do desenvolvimento urbano (dez); Entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa e conselhos profissionais (sete); Organizações não governamentais (ONGs) com atuação na área do desenvolvimento urbano (quatro).