Os desastres naturais provocados por fenômenos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul em junho, setembro e novembro de 2023 se somam a mais de 1,1 mil casos em todo o País, o que faz do ano passado o maior em número de ocorrências assim desde o início na medição pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em 2011. Os dados foram divulgados na semana passada e a informação repercutida pela Agência Brasil.
O maior número de vidas perdidas foi registrado em São Sebastião (SP), em fevereiro do ano passado, com 64 mortes, seguido pelo Vale do Taquari (RS), em setembro, que registrou 53 mortes e 5 pessoas desaparecidas.
Ao longo do ano foram registrados 1.161 eventos, sendo 716 de origem hidrológica, como o transbordamento de rios, e 445 de origem geológica, como deslizamentos de terra - são desastres considerados socioambientais, que impactam o meio ambiente e atingem vidas humanas. Segundo o Cemaden, as ocorrências seguiram o padrão de concentração em capitais e regiões metropolitanas, com a maior parte localizada na faixa leste do país.
Em relação aos alertas de desastres, o Cemaden emitiu um total de 3.425 alertas para os municípios monitorados ao longo do ano passado, sendo 1.813 alertas hidrológicos e 1.612 alertas geohidrológicos. É o terceiro maior quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro em 2011.
A instituição monitora 1.038 municípios (18,6% das cidades do país onde vive 55% da população nacional). O trabalho é realizado 24 horas por dia. Em 2023, a maior parte dos alertas emitidos foi enviada para regiões metropolitanas, para o Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, e para o Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Petrópolis lidera o ranking de municípios, tendo recebido 61 alertas, seguido de São Paulo com 56, e Manaus 49.