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Ideias sustentáveis

- Publicada em 25 de Novembro de 2022 às 00:00

Logística reversa recoloca panelas no ciclo produtivo

Em Porto Alegre, Ecopontos da Tramontina serão itinerantes, com foco em condomínios

Em Porto Alegre, Ecopontos da Tramontina serão itinerantes, com foco em condomínios


BRUNA SUPTITZ/ESPECIAL/JC
Bruna Suptitz
É difícil imaginar uma panela sem utilidade: entre um e outro uso, ou está no fogão preparando a refeição, ou na geladeira guardando a sobra para o almoço ou a janta seguinte. Mesmo quando deixa de ser usada para a sua finalidade, atende a outros usos dados pela criatividade do seu dono. Afinal, quem não conhece um vaso de flor feito com uma panela velha ou um bule transformado em porta utensílio?
É difícil imaginar uma panela sem utilidade: entre um e outro uso, ou está no fogão preparando a refeição, ou na geladeira guardando a sobra para o almoço ou a janta seguinte. Mesmo quando deixa de ser usada para a sua finalidade, atende a outros usos dados pela criatividade do seu dono. Afinal, quem não conhece um vaso de flor feito com uma panela velha ou um bule transformado em porta utensílio?
Mas as panelas também podem ser recicladas. Assim como o material das embalagens mais comuns (plástico, papelão, vidro), a matéria prima utilizada na fabricação das panelas, como o aço inox e o alumínio, permite que seja reaproveitada pela indústria e se transforme em novos produtos.
O mesmo vale para o restante da “família”: formas, frigideiras, chaleiras, leiteiras e assadeiras, por exemplo. Da parte de quem produz, recuperar o material colocado no mercado e dar a ele o destino ambientalmente adequado atende a um procedimento reconhecido em lei: a logística reversa.
Com foco nessa responsabilidade, a Tramontina está recebendo panelas e similares sem uso. Em junho deste ano, lançou um programa para recolher utensílios de cozinha que iriam para o lixo. Até outubro, foram coletados 39,1kg nos dez Ecopontos disponíveis em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Por aqui, as panelas podem ser entregues nas lojas de Carlos Barbosa e Farroupilha. Em Porto Alegre, o ponto de coleta será itinerante. Em parceria com a startup Trashin, o estande vai percorrer condomínios, sendo o primeiro um conjunto residencial da Zona Sul. São aceitos no descarte produtos de qualquer marca.
Gerente de Meio Ambiente da Tramontina, Lizandra Marin explica que o objetivo, nos primeiros meses da iniciativa, é compreender o comportamento do consumidor e como incluir a logística reversa neste processo. “É um projeto piloto, começamos pequeno para aparar as arestas e, após, fazer uma análise em conjunto para entender no que avançar, melhorar, fazer diferente”, completa.
Ademir Beal, diretor do Comitê Ambiental da Tramontina, destaca que os materiais são altamente recicláveis - a exemplo do alumínio, cuja taxa de reaproveitamento no Brasil gira em torno de 99% ao ano (dado da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio). A adesão a essa etapa inicial é o que permitirá ganho de escala no futuro.
Depois de coletados, os resíduos passam por triagem, que é a separação por tipo de material, processo realizado por cooperativas – nas palavras de Gustavo Finger, cofundador da Trashin, “a primeira trincheira da reciclagem”. O que é coletado está sendo destinado para outras indústrias e volta a ser matéria-prima. Na fabricação de panelas de alumínio, os resíduos gerados internamente pela Tramontina são refundidos nos próprios fornos da empresa. "A destinação dos resíduos é talvez um dos principais problemas ambientais do mundo. Buscamos maneiras de equacionar problemas globais com iniciativas locais", destaca Finger.
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