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Planejamento Urbano

- Publicada em 23 de Outubro de 2022 às 18:46

Atos mobilizam população que rejeita concessão do Parque da Redenção

Roda de conversa sobre a concessão de áreas públicas no Parque da Redenção.

Roda de conversa sobre a concessão de áreas públicas no Parque da Redenção.


Bruna Suptitz/Divulgação/JC
Bruna Suptitz
Desde que a prefeitura de Porto Alegre anunciou a intenção de conceder o Parque da Redenção para gestão da iniciativa privada, grupos contrários à proposta têm se mobilizado em atos públicos. Além do abaixo assinado virtual, frequentadores, comerciantes e artistas buscam presencialmente a adesão de mais pessoas que também rejeitem a concessão do parque.
Desde que a prefeitura de Porto Alegre anunciou a intenção de conceder o Parque da Redenção para gestão da iniciativa privada, grupos contrários à proposta têm se mobilizado em atos públicos. Além do abaixo assinado virtual, frequentadores, comerciantes e artistas buscam presencialmente a adesão de mais pessoas que também rejeitem a concessão do parque.
Na manhã de sábado, dia 22, o Coletivo Preserva Redenção, em parceria com a seccional gaúcha do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS), promoveu uma roda de conversa sobre a concessão de áreas públicas – também estão na lista da prefeitura a praia do Lami, o Parque Marinha do Brasil e o trecho vizinho na orla do Guaíba. O foco do debate, que reuniu o público em frente ao Parquinho, foi o futuro do Parque Farroupilha, nome oficial da Redenção.
“(A concessão) é o esvaziamento de tudo o que é comum; afasta a população que historicamente já é afastada”, pondera José Damico, professor do departamento de Psicanálise no Instituto de Psicologia da Ufrgs. A avaliação dele, assim como a de outras pessoas que falaram na atividade, é que a gestão privada do parque tende a alterar o perfil de público, ao selecionar quem pode frequentar o espaço de acordo com o poder aquisitivo dos serviços a serem ofertados.
“Estamos falando de valores financeiros, mas também de coisas que importam para nós”, alertou o artista Felipe Felipsen, provocando o público para que erguesse a mão quem tinha ido até o parque de carro naquela manhã. “Não é uma crítica”, disse, diante de uma mão levantada – pelo menos 50 pessoas, acompanhavam a roda naquele momento. A partir da breve enquete, constatou que “não é para estacionar que a gente vem para a Redenção, não queremos a mesma relação que se tem com um shopping”.
As falas, que se estenderam das 9h30 até o meio-dia, tiveram como base os documentos disponibilizados pela prefeitura sobre o modelo de concessão a ser adotado, que tem como uma das premissas a construção de um estacionamento na área do parque. O debate tratou de pontos da proposta e abriu espaço para quem quisesse expor sua relação com o parque. Um mapa da redenção indicava a área de concessão e o público poderia colar um pequeno adesivo no seu lugar preferido. “Dá para marcar tudo?”, brincou uma pessoa.

Vigília pela Redenção pública

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Grupo se reuniu junto ao Monumento ao Expedicionário na noite de sábado. Foto: Bruna Suptitz/Divulgação/JC
Também no dia 22, no início da noite, uma vigília luminosa foi realizada em frente ao Monumento ao Expedicionário. Com velas ou lanternas, frequentadores permaneceram no local por cerca de uma hora ouvindo relatos e informações sobre a história do Parque Farroupilha. Ao som de berimbau, encerraram o ato cantando “viva a Redenção viva a Redenção, diga não à privatização”.
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