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Planejamento urbano

- Publicada em 27 de Setembro de 2022 às 20:23

Ernst & Young fará consultoria na revisão do Plano Diretor de Porto Alegre

Anúncio da consultoria contratada foi feito na reunião do Conselho

Anúncio da consultoria contratada foi feito na reunião do Conselho


/Reprodução Youtube/Reprodução JC
Uma empresa internacional de consultoria será responsável por subsidiar a prefeitura de Porto Alegre na revisão do Plano Diretor. A Ernst & Young foi homologada ontem pelo poder público municipal e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o qual o município tem cooperação técnica desde 2019. O projeto de lei deve ser enviado para votação da Câmara em agosto de 2023.
Uma empresa internacional de consultoria será responsável por subsidiar a prefeitura de Porto Alegre na revisão do Plano Diretor. A Ernst & Young foi homologada ontem pelo poder público municipal e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o qual o município tem cooperação técnica desde 2019. O projeto de lei deve ser enviado para votação da Câmara em agosto de 2023.
Pelo trabalho, a empresa receberá cerca de R$ 6 milhões, informou o secretário municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm. O anúncio foi feito ontem, em primeira mão, ao Conselho do Plano Diretor. A modalidade de contrato é o Long Term Agreement (LTA), ou contrato de longo prazo, do escritório para serviços e projeto das Nações Unidas, para o qual somente empresas já qualificadas tecnicamente puderam se candidatar. Ao todo nove consultorias estavam aptas a concorrer pelo trabalho.
O contrato será pago pelo PNUD com o recurso já quitado pela prefeitura de Porto Alegre. Entre 2020 e 2021, o município repassou à agência das Nações Unidas US$ 2.575.697,86, valor definido no termo de cooperação técnica, em dezembro de 2019, para financiar essas contratações - o equivalente a R$ 10.980.200,00, com a conversão correspondente à cotação do dólar da época.
Com sede na Inglaterra e escritório em mais de 150 países, a Ernst & Young comprovou ao município ter condição de atender o trabalho de avaliação do Plano Diretor atual, elaborado em 1999 e revisado em 2010. A empresa vai firmar um contrato de 12 meses e será responsável pelos diagnósticos, estudos territoriais e simulações de cenários urbanos, com o objetivo de atualizar o modelo de organização do território e o sistema de planejamento da gestão da política urbana da Capital.
O trabalho da consultoria, que servirá de subsídio técnico para toda a revisão, seria feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas a prefeitura desistiu da parceria por divergência de entendimentos a respeito do trâmite na instituição de ensino.
 

Sobre o Plano Diretor

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana dos municípios brasileiros. Deve ser revisado pelo menos a cada 10 anos, em processo com a participação da sociedade. O Plano atual de Porto Alegre é de 1999, atualizado em 2010.
Caso cumpra o mais recente calendário apresentado, a prefeitura encaminhará à Câmara o projeto de lei que revisa o regramento urbano da Capital em agosto de 2023. Portanto é de um ano o período para realizar todas as etapas participativas, técnicas e operacionais que compreendem o processo.

Outras consultorias

Recentemente foram definidas outras duas consultorias para dar suporte ao poder público na revisão do Plano Diretor. O jornalista Backer Ribeiro, da empresa Communitá Comunicação Socioambiental, de São Paulo, será o responsável pela estratégia de comunicação e advocacy (informar, capacitar, mobilizar e engajar a sociedade para a participação e a colaboração de diferentes públicos-alvo no processo).
Também foi contratada a Terrena Tech, empresa do Rio de Janeiro especializada em tecnologia da informação. O serviço prestado será de apoio ao planejamento da implantação de infraestrutura de dados espaciais para o planejamento urbano, garantindo integração entre os sistemas vigentes na prefeitura, com foco no Planejamento Urbano, para fins de subsídio à revisão do Plano Diretor.
Até o momento, o único termo de referência realizado no âmbito da cooperação técnica entre prefeitura de Porto Alegre e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) é o Inventário dos Gases de Efeito Estufa, apresentado em 2021.

Etapas seguem pelo menos até agosto de 2023

O mês de junho marcou a retomada das atividades ligadas à revisão do Plano Diretor em Porto Alegre. Caso cumpra o mais recente calendário apresentado, a prefeitura encaminhará o projeto de lei para a Câmara Municipal em agosto de 2023. As atividades de revisão estão divididas em duas etapas: a primeira de leitura da cidade e a segunda de sistematização e propostas.
Prevista para acontecer até o fim deste ano, a leitura da cidade é a primeira fase do trabalho de revisão do Plano Diretor. Compreende as oficinas regionais realizadas em 2019, quando nove encontros foram realizados nas oito regiões de planejamento da cidade, e as oficinas devolutivas, que foram realizadas entre agosto e setembro no formato de exposições. A partir do próximo mês serão realizadas atividades por temáticas. Para dezembro está prevista para acontecer a conferência de avaliação, com três dias de duração.
Com início em 2023, a sistematização das propostas tem como base a fase anterior, de leitura da cidade. Inicialmente, entre março e abril, acontece o debate das propostas elaboradas pelas consultorias em oficinas regionais abertas à população. Encontros técnicos serão realizados com entidades que queiram cooperar no desenvolvimento de parâmetros e indicadores para a revisão.
Na sequência, em maio, acontece a conferência de revisão do Plano Diretor. Assim como na conferência de avaliação, será realizada em três dias, ainda sem data marcada. A ideia é consolidar as visões para a cidade nos próximos 10 anos. É neste momento que a prefeitura prevê consolidar um documento, a partir das contribuições em grupos de debate, com as diretrizes da revisão.
A audiência pública, etapa obrigatória do processo, acontecerá em agosto de 2023. Nela será apresentada a minuta do projeto de lei que será encaminhado para apreciação dos vereadores, o que está previsto para acontecer na sequência da audiência.