De novo, os críticos do muro da Mauá, parte do sistema de proteção contra as cheias de Porto Alegre, voltam a dizer que ele afasta os porto-alegrenses do Guaíba. Besteira repetida há anos que vira realidade. Primeiro - e a foto publicada pelo
Jornal do Comércio prova isso (
De Frente para o Guaíba, 03/08/2018) - se o muro da Mauá for retirado aparecerão os armazéns, não o Guaíba. O Cais Mauá começou a operar em 1913, com os armazéns vindos da Europa desmontados. Para fazer o Cais Mauá, houve o terceiro aterro - nas primeiras décadas do século XX, depois tivemos o da Beira-Rio, onde está o estádio do Internacional - em Porto Alegre, na direção do Guaíba. O primeiro foi da atual Praça da Alfândega até a Siqueira Campos, o segundo até a atual avenida Mauá. Finalmente, o terceiro, para a construção do Cais Mauá. Esquecem os críticos das casas de bombas, dos taludes onde estão hoje as avenidas Castelo Branco e a nova Beira-Rio. Com a enchente de 1941, a União, o Estado e a prefeitura da Capital fizeram acordo para obras de proteção contra as cheias. Mas só em 1971 que o então prefeito Telmo Thompson Flores efetuou as obras. Entre elas, o muro da Mauá, casas de bombas e taludes que serviram para novas avenidas.
(João Carlos de Freitas, Porto Alegre)
Desemprego e tecnologia
A tecnologia está derrubando o número de empregos. Edifícios estão dispensando porteiros para o dia e para a noite, substituindo por portas comandadas à distância, por centrais de segurança. No campo, máquinas fazem quase tudo, do plantio à colheita. E muitas áreas dão lugar a loteamentos, quando estão próximas de cidades. Isso deixa milhares ao relento, não é só a crise, não. (Suely Segalle, Porto Alegre)
Previdência complementar
A oportunista intenção de criar uma previdência complementar ataca de forma rasteira e perigosa a estrutura previdenciária do município de Porto Alegre e seus servidores. Será, sem dúvida, o começo para a desconstituição de Departamento Previdenciário (Previmpa), e um risco para fundo patrimonial dos servidores, ativos e inativos. Não é de hoje que este fundo patrimonial (capitalizado) vem gerando cobiça e ganância de governantes e gestores, e o mascarado projeto cria uma fachada de modernidade e segurança, mas sem embasamento jurídico suficiente e confiável. Temos exemplos trágicos com fundos previdenciários surrupiados pelos gestores. No final, quem paga a conta e os servidores. Parece que nossos gestores desconhecem o capital do Previmpa, que chega à cifra de R$ 2.300.000, e que um terço deste montante é aplicado no sistema financeiro. O município de Porto Alegre já criou um fundo de capitalização aumentando de 11% para o desconto de 14% nos contracheques de cada servidor. Este projeto é nefasto aos funcionários públicos municipais. (Marcelino Pogozelski, presidente do Sintran)