Resgate

Dia 27 de junho, o editorial do Jornal do Comércio teceu comentários a respeito da relação entre religião e política. Discordo, em parte, quando ele afirma que “quando há um meio termo, nada melhor do que uma orientação religiosa para manter muita gente no caminho correto. Com certeza não teríamos tantos desvios de conduta, como está acontecendo no Brasil”. É bom lembrar que o Estado brasileiro é laico, portanto as decisões políticas e de governo deveriam pautar-se por razões de ordem ética, observando os princípios de bom senso e razoabilidade, objetivando o bem comum, que é o objeto da política.  Num segundo plano concordo que o sentimento religioso do povo brasileiro é salutar e deve ser respeitado. Entretanto, o que me incomoda é a infiltração de religiosos na política (veja a força da bancada evangélica no Congresso) atravancando e complicando a aprovação de leis para normatizar condutas da maior relevância para a sociedade brasileira. É o caso, por exemplo, da discussão e aprovação do novo Código Penal que trata, dentre outros temas, o aborto, a ortotanásia etc. Entendo que, se a religião não permite tais práticas em razão de seus dogmas, que essa proibição seja observada dentro dos seguidores da religião. Não é lícito ao Estado querer impor aos cidadãos mandamentos religiosos e considerar tais práticas como criminosas. A religião deve traçar normas de conduta aos seus adeptos; jamais pretender transformar certos atos em ilícitos penais, tarefa exclusiva do Estado. (Celso Antonio Soster, advogado)

Há muitas pessoas que não respeitam as sinaleiras. Prova disso é a sinaleira localizada na esquina da rua Pinto Bandeira esquina com a rua Voluntários da Pátria. Ali tem uma mostra do total desrespeito para com o trânsito. (Julio Cesar de Souza Cabral)