O artista visual gaúcho, Gustavo Assarian é um dos novos nomes da arte que está com uma obra inédita no Instituto Ling, dentro da proposta de trazer ao longo de 2022, quatro artistas contemporâneos em diferentes momentos de suas carreiras, com distintas produções e temáticas. Eles não são descobertas, porque já estão no mundo da arte, diz a curadora Luisa Kiefer na apresentação do projeto, onde cada um trabalhando a seu modo está buscando uma inserção legítima no complexo sistema de legitimação artístico atual. Durante uma semana, o público pode acompanhar o processo de produção da “parede-obra”, já que se situa no corredor de entrada do Instituto Ling, enquanto o artista trabalhou. "Meu trabalho é um denúncia", diz o artista. "Eu digo que são várias, a depender da consciência e disponibilidade de quem estiver diante da parede em encontrar e refletir sobre os seus muitos significados. Não há aqui apenas encantamento técnico, aptidão extrema em retratar figuras de forma hiperrealista. Há muito mais. Há um Brasil que precisa urgentemente refletir sobre suas figuras de poder, sobre seus preconceitos, sobre suas populações marginalizadas e encarar seus traumas para, assim como o artista, elaborá-los e superá-los, mas sem jamais esquecê-los", completa.
Gustavo possui bacharelado em Artes Visuais pela UFRGS e atualmente está cursando licenciatura no mesmo curso e na mesma instituição. Teve uma exposição individual na Galeria Ecarta, em 2018, chamada Os infortúnios nos são úteis, e participou de diversas mostras coletivas, como Presença negra (2022) e No eStúdio (2017), ambas no MARGS; O que resta após (2020) na Pinacoteca Rubem Berta; e Pintura e desenho - a novíssima geração (2012), vencedora do Prêmio Açorianos de melhor exposição coletiva. Sua obra permanecerá em visitação até 24 de outubro.
Ling Apresenta: Gustavo Assarian, com intervenção artística inédita
Instituto Ling
Rua João Caetano , 440 Três Figueiras, Porto Alegre