O Shopping Praia de Belas chega aos 30 anos, completados na última sexta-feira (29 de outubro), com ar mais maduro e com apostas de maior conexão com a borda do Guaíba. É algo como: a orla está sendo reconfigurada e fica cada vez mais impensável para os donos e operadores do Praia, como é chamado pelos porto-alegrenses, não pegar carona.
“Estava vendo a inauguração da Orla 3 e fica todo mundo aqui enlouquecido e cheio de ideias de como se conectar com o que a cidade está propondo. Vamos criar uma relação mais afetiva com o shopping”, projeta Cristina Betts, CFO e diretora de Relações com Investidores da Iguatemi Empresa de Shopping Centers, dona ainda do Iguatemi de Porto Alegre.
Entre as novidades, estará o paradouro, a ser instalado no quarto nível do prédio. O ambiente deve ficar pronto em 2023. Além disso, quadras de beach tennis serão montadas em frente a Americanas, no lado da avenida Ipiranga. Esta semana a fachada vai ganhar o selo comemorativo aos 30 anos.
Selo marca a passagem das três décadas e vai ser estampado na fachada do complexo. Imagem: Praia de Belas Shopping/Divulgação
Para a CFO, o Praia passou por mutações, saindo de conceito de varejo, serviços e parque de diversão para virar “um centro de eventos”. Até dezembro, o shopping também vai ganhar mais cinco ocupantes no mix, completando 18 novos no ano. Entre os novos que abrirão, estão Brooksfield Junior, The Coffee e Bodylaser. Em outubro,
estreou a filial da livraria paranaense A Página.
Cristina descarta expansão física. O complexo cresceu com duas torres e teve a transformação do quarto piso, antes estacionamento. Esta é uma previsão para todo o grupo em 2022. A ideia é rentabilizar a capacidade atual dos ativos.
Novidade vai ter em operações que unem físico e digital, com a estreia da primeira guide shop do marketplace Iguatemi 365, em Campinas, que pode ser levada às demais operações do grupo, adianta a futura CEO.
Na conversa com a coluna, além do principal tema que é o aniversariante, Cristina deu uma passada pelo setor, já no pós-pandemia. “Vamos fechar o ano muito melhores do que 2020 e 2022 começará em outro patamar e praticamente de volta ao normal”, delineou. O desempenho é projetado para todo o portfólio de empreendimentos.
Sobre o fim do ano, a executiva também valida um ritmo forte, com números que colocam muitas operações acima até mesmo de 2019. Para Cristina, a rápida retomada após o segundo lockdown, no começo do ano, foi decisiva. “Os lojistas e clientes sabiam o que tinham de fazer, e a vacinação estava entrando”, pontua.
Um dado que pauta o ritmo é que, mesmo com fluxo de veículos, medida de movimento nos centros de compras, 15% abaixo de 2019, a conversão é maior, ou seja, individualmente as pessoas estão gastando mais.